Wednesday, October 31, 2018

Inscreva-se para o UFA Festival - Um Futuro Agora

A melhor Semana Acadêmica da história está chegando! A partir do dia 05 de novembro, os alunos da São Judas terão diversas oficinas e palestras no UFA Festival - Um Futuro Agora. No primeiro dia, realizaremos a palestra "Futurismo na perspectiva da transformação digital e o que esperar para os próximos anos!”, com Juan Pablo Dávila Boeira e Luciane Schwalbe no Áuditório, às 19h30 para todos os acadêmicos. Na terça-feira, iniciam os workshops direcionados a cada curso. Para participar das atividades, é necessário realizar inscrição através deste formulário.

Confira aqui a programação completa do UFA Festival!

Atividades do curso de Direito:

  • Dia 05/11, 19h às 21h30 no Auditório: Futurismo na perspectiva da transformação digital e o que esperar para os próximos anos!" com Juan Pablo Dávila Boeira e Luciane Schwalbe;
  • Dia 06/11, 19h10 às 21h30 no Auditório: "A inteligência artificial e o futuro da advocacia" com José Renato Gaziero Cella.
  • Dia 06/11, 19h10 às 21h30 no Auditório: "Apresentação da disciplina Cyberlaw" com Cristiano Colombo e Natasha Alves Ferreira.
  • Dia 07/11, 19h10 às 21h30 na sala 22 B: "A Nova Legislação de Proteção de Dados" com Cristiano Colombo. 
  • Dia 07/11, 19h10 às 21h30 na sala 35 B: "Growth hack para advogados: O que podemos aprender com as empresas do vale do silício?" com Cassiano Calegari.
  • Dia 08/11, 19h10 às 21h30 na sala 25 B: "Reflexos da tecnologia nas relações de trabalho e o direito à desconexão" com Lenara Giron de Freitas. 
  • Dia 08/11, 19h10 às 21h30 na sala 21 B: "Crimes digitais" com Guilherme Damasio Goulart. 
  • Dia 09/11, 19h10 às 21h30 na sala 25 B: "As tecnologias na Justiça Eleitoral a serviço da democracia" com Rafael Copetti. 
  • Dia 09/11, 19h10 às 21h30 na sala 22 B: "Aspectos Jurídicos do Bitcoin" com Natasha Alves Ferreira. 



Inscreva-se para o UFA Festival - Um Futuro Agora publicado primeiro em: http://direitosjt.blogspot.com/

O HPV aumenta o risco de infecção por HIV

Principal doença viral transmitida pelo sexo, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) pode não apenas causar câncer, mas facilitar a infecção por HIV. É isso o que diz um estudo feito por cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

“Apesar de muitas pesquisas mostrarem uma conexão geral entre os dois vírus, nossos achados ilustram uma forte relação entre tipos específicos de HPV e o contágio por HIV”, afirma Brandon Brown, professor da faculdade de medicina da universidade e líder do estudo, em comunicado à imprensa. Pois é: o HPV conta com diversos subtipos – alguns estão relacionados ao câncer, enquanto outros causam mais verrugas genitais.

Os cientistas investigaram essa ligação em homens homossexuais e mulheres transgênero em Lima, no Peru. O trabalho contou, inicialmente, com a participação de 600 pessoas de 18 a 40 anos, recrutadas em bares, clubes, quadras de vôlei, um centro de saúde local e mídias sociais. Do total, 530 eram portadores do HPV.

Os requisitos para participar da pesquisa eram dois: não carregar o vírus da aids antes do início do experimento e ter feito sexo anal com homens da cidade nos 12 meses anteriores.

Durante dois anos, todo esse pessoal era examinado fisicamente e respondia questionários sobre suas relações sexuais. Além disso, a cada seis meses, eles realizavam um teste para detectar a eventual presença do HIV.

Dos 571 indivíduos que permaneceram até o fim da investigação, 73 adquiriram o vírus da aids (12,8%). Entre eles, 97,3% carregavam também o HPV no corpo, contra 87,6% dos que não possuíam o HIV. Note que as taxas de infecções pelo papilomavirus humano são altíssimas em ambos os grupos, porém há uma diferença considerável aí.

Além disso, 79,5% dos indivíduos que contraíram o HIV tinham mais de um tipo de HPV circulando pelo organismo – sim, é possível ser infectado por diversas versões desse inimigo –, ante 58,2% da outra turma.

Veja também

Os especialistas identificaram ainda a presença de tipos de HPV de alto risco (com potencial cancerígeno) em 72,6% dos participantes que posteriormente foram diagnosticados com o vírus da aids. Já entre os que escaparam da invasão do HIV, esse número era de 51,4%

Por fim, os cientistas descobriram que o risco de desenvolver aids é maior em quem foi atacado pelo HPV dos tipos 16, 18, 31, 33, 35, 52 e 58. Com exceção do 35, todos os outros fazem parte do pacote de proteção da vacina nonavalente (ela ainda não está disponível na rede pública brasileira).

O motivo por trás de tantas associações? Ainda não se sabe ao certo. Mas, por precaução, o ideal é se prevenir.

A importância da vacina contra o HPV

Usar camisinha e evitar ter muitos parceiros até ajudam a evitar essa encrenca. Entretanto, a vacina é realmente a maneira mais eficiente de lutar contra o HPV.

No Brasil, ela é oferecida gratuitamente nos postos de saúde para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, até porque o ideal é que as doses sejam aplicadas antes da iniciação sexual.

Porém, segundo Brandon Brown, mesmo que o imunizante não seja recebido antes da primeira transa, ele ainda assim é benéfico. Isso porque protege contra doenças associadas a uma eventual infecção e, de quebra, afasta diferentes subtipos do vírus, como já dissemos.

“Sabemos que essa é a infecção sexualmente transmissível mais comum. O que precisamos agora é enfatizar que a vacinação é o melhor caminho para preveni-la. Nos Estados Unidos, ela é menos aplicada que outras vacinas e, nos países em desenvolvimento, sua procura é baixa ou ausente”, conclui o professor.


O HPV aumenta o risco de infecção por HIV publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Para evitar a gravidez indesejada, planejar é preciso

Tuesday, October 30, 2018

Manteiga ghee: vale apostar nos seus benefícios?

Apesar de estar na crista da onda nutricional, não dá para dizer que a manteiga ghee é exatamente uma nova moda. Sua origem remonta a tradições milenares na Índia, onde foi apelidada de “ouro líquido”. “A população de lá a utiliza em preparações culinárias e terapêuticas há tempos”, conta a culinarista e terapeuta ayurveda Xanda Fogaça, de São Paulo.

“A ghee é vista como um alimento especial porque é fornecida pela vaca, o animal mais sagrado da Terra para o povo indiano”, completa. Na medicina tradicional hindu, a manteiga representa um santo remédio contra inflamações gastrointestinais e um elixir para a imunidade, além de parceira na purificação e na desintoxicação do corpo.

O resto do mundo demorou um pouco mais para conhecer o produto e se afeiçoar a ele. Sua hora só chegou quando a gordura deixou de ser vista como um monstro na dieta.

“A ghee vem acumulando adeptos no Brasil, e são pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável”, analisa a engenheira de alimentos Juliana Neves Rodrigues Ract, professora da Universidade de São Paulo. “Ela é indicada por nutricionistas em substituição à manteiga tradicional e, principalmente, às margarinas, por suas supostas propriedades. Já chegou até à alta gastronomia“, diz.

Mas de onde vem seu apelo? “Durante o processo de clarificação, a manteiga ghee é derretida em banho-maria. Os resíduos vão para a superfície, formando uma camada de espuma densa. Essa é retirada várias vezes até sobrar só o óleo dourado e transparente, livre de água, elementos sólidos, toxinas e açúcares do leite“, explica Xanda.

Os intolerantes à lactose são especialmente beneficiados por isso. “Como todos os componentes sólidos, incluindo a lactose, são removidos durante a fervura, a ghee é mesmo mais indicada para quem tem esse problema“, confirma a nutricionista Clarissa Hiwatashi Fujiwara, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).

Só que a quantidade de resíduos descartados depende do modo de preparo. Dessa forma, em caso de intolerância severa, é melhor optar pelas versões industrializadas de ghee: “Como temperatura, tempo e velocidade de aquecimento e resfriamento são controlados com uma precisão muito maior, o produto final é mais puro e homogêneo”, justifica Clarissa.

É o puro creme… de gordura!

Como não possui água, proteínas ou carboidratos, 100% das calorias da ghee são provenientes somente de gordura mesmo. Em resumo, é um alimento com alta densidade energética – uma colher de sopa tem incríveis 120 calorias. “Por isso ela não deveria ser consumida por quem precisa perder peso”, diz o médico Francisco Tostes, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

Mas é o tipo de gordura, a saturada, que gera mais debate quando o assunto é o tal ouro líquido. “Ela é reduto de triglicerídeos de cadeia média, ou TCM. Essas versões são digeridas e metabolizadas rapidamente pelo corpo. Por serem fontes de energia imediata, indico especialmente para quem pratica esportes”, diz a nutricionista esportiva Gabriela Cilla, de São Paulo.

O porém: não há consenso sobre esse efeito e, pior, existem indícios de que os TCMs podem disparar um processo inflamatório no organismo.

Então, melhor não esperar efeitos milagrosos. “Na verdade, a ghee tem ácidos graxos saturados exatamente iguais aos da manteiga convencional, que, ok, até ajudam a aumentar o colesterol bom, o HDL, mas também elevam o LDL, ruim”, pondera Clarissa. “Logo, o excesso pode contribuir para doenças cardiovasculares“, acrescenta a nutricionista da Abeso.

O que há de definido: ninguém deve consumir mais de 10% das calorias diárias em forma de gordura saturada – a ghee entra na conta, assim como a manteiga regular, a carne vermelha, o leite…

As outras propriedades e nutrientes da ghee

Mas, se o ingrediente amado pelos indianos não ajuda muito quando precisamos maneirar nos itens gordurosos, pode ser uma opção para quem deve pegar leve no sódio – mineral cujo abuso faz subir a pressão. “O teor dele na ghee é zero”, assegura a nutricionista Yasmin Gonzalez, que clinica no Rio de Janeiro. “Para isso, claro, ela deve ser feita com manteiga sem adição do ingrediente”, observa.

Agora, se está buscando na ghee a solução para outras questões, como retardar a demência ou prevenir o câncer (como já foi propagado por aí), é bom saber que não há estudos conclusivos sobre essas propriedades. Hoje, o que se pode dizer com certeza é que se trata de uma opção culinária segura. Seu ponto de fumaça é mais elevado que o da manteiga convencional (252 ºC contra 177 ºC). Nesse quesito, a ghee ainda ganha do azeite de oliva extravirgem (207 ºC), do óleo de coco (177 ºC) e do óleo de canola (204 ºC).

“Significa que ela suporta temperaturas bastante elevadas por um período mais prolongado”, explica Clarissa. “Isso é positivo porque, assim, não há liberação de substâncias nocivas à saúde, como a acroleína, associada ao câncer”, descreve.

“A ghee pode ser incorporada ao menu desde que divida espaço com outras fontes de gorduras, como as insaturadas do azeite, das castanhas, do abacate…”, orienta a expert da Abeso.

Outra dica: preste atenção ao guardá-la. “No processo de preparo, a gordura é fervida e fica em contato com o oxigênio do ar. Ou seja, é exposta a dois fatores que desencadeiam sua oxidação”, nota Juliana. “E o processo de degradação continua ainda mais rapidamente se o produto receber luz”, avisa.

O ideal, portanto, é manter a ghee em armário fechado. Ela não vai derreter – a menos que você coloque no pão quentinho, como qualquer manteiga que se preze.

Manteiga ghee versus convencional

Os dois produtos empatam em muitos aspectos – mas a ghee perde no quesito calorias. “Ela não contém proteínas lácteas e lactose, por isso é 100% gordura. O que aumenta um pouco sua densidade calórica, isto é, a relação de calorias por grama do alimento”, ensina a nutricionista Clarissa Fujiwara.

Mas a discrepância não é tão grande: uma colher de sopa de ghee fornece cerca de 120 calorias, enquanto a manteiga tradicional, 102.

A versão indiana ganha quando o foco é sódio, o mineral que, em excesso, eleva a pressão: zero miligrama na porção. Se preferir a comum, basta comprar a opção sem sal. Confira abaixo uma comparação de nutrientes (os valores correspondem a 100 gramas dos alimentos):

Energia

Manteiga ghee – 900 cal

Comum sem sal – 717 cal

Proteínas

Manteiga ghee – 0 g

Comum sem sal – 0,8 g

Gorduras

Manteiga ghee – 100 g

Comum sem sal – 81 g

Carboidratos

Manteiga ghee – 0 g

Comum sem sal – 0,06 g

Fibras

Manteiga ghee – 0 g

Comum sem sal – 0 g

Sódio

Manteiga ghee – 0 mg

Comum sem sal – 11 mg

O passo a passo para obter a ghee na sua própria cozinha

1. Coloque a manteiga sem sal em um recipiente de vidro ou pedra e leve para derreter em banho-maria.

2. Use o fogo baixo para não queimar – não precisa mexer. Ao levantar fervura, tire a espuma suspensa com uma colher.

3. Repita o processo até que sobre só um líquido claro e sem impurezas. Desligue o fogo, deixe esfriar e coe com um pano fino.

4. Coloque em um pote de vidro fechado. Leve ao freezer até endurecer. Aí, pode guardar fora da geladeira por até três meses.

O que você deve considerar ao levar a ghee para as receitas diárias

1. Não é preciso adaptar a medida. “Mesmo com mais gordura, a ghee deve ser usada na mesma proporção que a manteiga normal”, diz Yasmin.

2. Mas é válido não perder as calorias de vista: a ghee tem mais energia que a mesma quantidade em gramas da manteiga tradicional.

3. A ghee é mais estável e não libera toxinas quando aquecida em altas temperaturas. Por isso, é melhor para fritar e grelhar os alimentos.

4. O sabor e a textura da manteiga indiana não sofrem alterações quando ela é cozida. Mesmo assim, não agrada o paladar de todo mundo.


Manteiga ghee: vale apostar nos seus benefícios? publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Monday, October 29, 2018

Para brecar o envelhecimento dos dentes

Desafios do presidente eleito

O principal desafio do novo presidente será pacificar o País. Para tanto, terá que ter muito equilíbrio e disposição para o diálogo com o mercado, com o Parlamento e com a sociedade.

Com o mercado, precisa dar demonstrações de que cumprirá seus compromissos com a livre iniciativa, reduzindo a burocracia e a interferência do Estado nos lucros e na gestão privado, além de não aumentar tributos. A privatização de estatais e o ajuste fiscal são considerados cruciais pelo mercado.

Com o Parlamento, além de restabelecer as relações com os partidos, que foram hostilizados pela campanha do candidato vencedor, o novo governo precisa calibrar suas propostas, sob pena de rejeição. O esforço de coordenação política será determinante para formar e manter uma coalizão de apoio à agenda governamental

A crise fiscal, que requer ajustes duros, será um teste da capacidade governativa do presidente eleito. Se não negociar o conteúdo das reformas, como a da Previdência, corre um sério risco de derrota. Nesse ponto, a comunicação governamental será determinante.

Na sociedade – tanto pela expectativa da população por serviços públicos de qualidade, quanto pelo excesso de demanda e escassez de recursos – o desafio será maior, inclusive porque a pauta sobre costumes e comportamentos divide a sociedade.

Quanto à prestação de serviços e manutenção de programas sociais, a expectativa de quem votou no novo Governo é desproporcional à sua real capacidade – política e financeira – de atender minimamente essas demandas, seja pela inexperiência da equipe, seja pela vigência da Emenda Constitucional 95, que congela os gastos públicos em termos reais, e que o novo Governo já disse que manterá e irá aprofundar o corte de despesas públicas.

Em relação aos costumes e valores, como vários dos temas defendidos pelo candidato vencedor durante a campanha, será uma agenda que encontrará fortes resistências no Parlamento e na sociedade, e pode contaminar a agenda econômicas, administrativa e fiscal do governo. São temas que, tal como a reeleição no governo FHC, poderão tumultuar o ambiente para votação de reformas indispensáveis ao desenvolvimento e ao equilíbrio das contas públicas.

E o novo governo, pelo menos durante a campanha eleitoral, subestimou a complexidade do processo decisório. Passou a impressão de que para resolver os problemas basta ter vontade política. Não considerou que o governo, para tomar uma decisão, precisa levar em consideração o que pensam os outros poderes (Legislativo e Judiciário), o que pensam os outros níveis de governo (estados e municípios), o que pensam classes empresariais e trabalhadora, o que pensam os organismos internacionais, o que pensa a imprensa, a academia ou a intelectualidade, a igreja, entre centenas de outros atores com poder de veto ou de pressão nas institucionais e na sociedade.

O risco de frustração, frente a tamanha expectativa da população, é enorme. Nos primeiros seis meses de governo será possível saber como reagirá o presidente eleito a eventuais derrotas no Congresso e/ou manifestações populares contrárias a políticas de ajuste. Se adotará um estilo autoritário, como muitos imaginam, ou se irá sublimar e agir dentro da institucionalidade.

(*) Jornalista, consultor, analista político, diretor de Documentação do Diap e Sócio-Diretor da Queiroz Assessoria.

O post Desafios do presidente eleito apareceu primeiro em Política Brasileira.


Desafios do presidente eleitohttps://caronadamarisa.blogspot.com/rss.xml

Tomografia computadorizada: como é feita e para que serve?

A tomografia computadorizada é, de maneira bem simplista, uma espécie de raio-x que enxerga em 360 graus. Por isso, o exame gera imagens em fatias, que podem ser analisadas de qualquer ângulo. De resultado rápido, está disponível na maioria dos hospitais, tanto para emergências quanto para o diagnóstico de lesões ortopédicas e na investigação de doenças, como câncer e AVC.

Os aparelhos de tomografia computadorizada mais modernos captam imagens detalhadas que reconstroem tridimensionalmente partes do corpo e dão aos médicos uma visão fiel do esqueleto, dos pulmões e das vias aéreas, além de outros órgãos internos.

Para que serve

Para diagnosticar inúmeras doenças e pequenas alterações em vários setores do organismo humano. Por exemplo: a tomografia pode avaliar traumas cranianos ou, por causa dos seus resultados rápidos, ajudar a encontrar acidentes vasculares cerebrais nos prontos-socorros.

Além disso, o procedimento detecta tumores e processos infecciosos de diferentes órgãos. Sinais importantes de alerta, como hemorragias, aneurismas, perfuração de alças intestinais e até infartos também são detectados com o exame.

Pensa que acabou? Pois dá também para checar o estado das articulações e os discos da coluna com o método.

Como é feito

Deita-se na mesa do aparelho (chamado de tomógrafo), em posição que varia conforme a parte do corpo a ser escaneada. Por meio de ampola de raios-x e detectores, o equipamento capta diversas imagens durante alguns minutos.

Em alguns casos, é necessário administrar contraste iodado – pela boca, por sondas ou pelas veias do paciente. A substância ajuda a definir melhor vasos sanguíneos e lesões.

Para quem não é alérgico, a substância é segura. Mas pode gerar reações adversas, como náuseas e dor de cabeça.

E o PET-Scan?

Existe, ainda, a tomografia computadorizada por emissão de pósitrons (ou PET, sigla em inglês para Positron Emission Tomography). Ela une a tomo tradicional com métodos que mensuram a atividade metabólica de algum órgão ou região do corpo.

E isso pode ser útil em vários cenários. Veja o caso do câncer por exemplo: um tumor maligno, para crescer, costuma consumir energia aos montes, o que é notado pelo exame de PET-Scan. Com isso, fica mais fácil perceber eventuais focos da doença espalhados no corpo de uma pessoa.

O mesmo vale para infecções e algumas doenças neurológicas. No caso do Alzheimer, a falta de atividade metabólica em certas regiões do cérebro indica o avanço da enfermidade.

O paciente, antes de ir para a sala do exame, recebe uma infusão de glicose com algum composto radioativo. Pois é justamente a quebra dessa molécula que vai mostrar o funcionamento (ou não) de um órgão.

Resultados

As cores, que aparecem em escalas de cinza, têm papel fundamental na interpretação das imagens, seja com uso de contraste ou não. Com elas, os médicos procuram alterações nas estruturas do corpo.

Apesar da rapidez na geração das imagens, o laudo é um pouco mais demorado. Isso porque o material obtido passa por uma análise detalhada.

Periodicidade

A tomografia computadorizada usa até 500 vezes mais radiação ionizante do que os raios-x convencionais. Por isso, o médico deve atentar à frequência do exame, já que a radiação se acumula no organismo e está associada a males como o câncer.

Os aparelhos atuais apresentam mecanismos que regulam a quantidade de raios-x conforme a necessidade, o que permite diminuí-la em algumas situações. O Colégio Brasileiro de Radiologia recomenda que a dose de radioatividade em exames como a tomografia seja registrada no laudo para controlar a exposição anual a ela.

Principais cuidados e contraindicações

A tomografia não é indicada para gestantes. Indivíduos asmáticos ou alérgicos precisam de avaliação do radiologista antes do uso de contraste. Neste caso, o especialista pode medicá-los antes de a substância ser utilizado ou até mesmo proibi-la.

Converse com o médico sobre suas condições de saúde e responda aos questionários feitos previamente com sinceridade.

Fontes: Fábio Porto, neurologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo
Marcio Garcia, radiologista do Grupo Lavoisier, em São Paulo
Roberto Rached, fisiatra do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.


Tomografia computadorizada: como é feita e para que serve? publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Eleito presidente, Bolsonaro deve agradecer ao PT

A maioria dos quase 116 milhões de eleitores que se dispuseram a votar neste domingo, 28, elegeu para presidente da República o deputado Jair Bolsonaro. Porém, antes de agradecer aos 57,7 milhões que o escolheram, o capitão reformado do Exército deve gratidão ao PT de Lula.

Não fosse a sigla que um dia encheu a maioria dos brasileiros de esperança de que era possível fazer política de maneira honesta, o folclórico deputado prosseguiria como um improvável presidente. Coube ao novo mandatário, que, por acaso, tem Messias no nome, barrar o messianismo petista.

A princípio travestido de partido político, o PT consubstanciou-se numa seita conduzida por um líder carismático. Deixou de ser apenas opção de poder para declarar-se salvador do povo contra o capitalismo opressor.

Roubalheira sinistra

Herdeira da vocação salvacionista da esquerda, a sigla apresentou-se como proprietária exclusiva da verdade. Quem não era petista, era do mal – axioma também conhecido como “nós contra eles”.

Bolsonaro incorporou-se ao “eles”.

O PT ajudou a eleger Bolsonaro quando chafurdou na lama da corrupção, como extensamente ficou provado no Mensalão e na Lava-Jato. Diante da carência irrestrita de serviços básicos, a população elegeu a corrupção que suga recursos públicos como inimiga a ser derrotada.

Confrontado com números recordes de gatunagem, conduzidos por meliantes do erário, o PT adotou a empáfia como resposta. Empunhou o velho lema da sinistra, pelo qual o roubo dos companheiros é justificável porque é pela causa.

Bolsonaro incorporou o anticorrupto.

O PT desprezou o combate à violência, contribuindo, com isto, para o aumento intolerável de assassinatos e estupros. Embriagados de sua própria razão, ademais característica intrínseca às seitas, seus líderes exibiam a imagem do assassino ou estuprador como vítima da sociedade, enquanto o policial era o algoz a ser combatido.

Bolsonaro incorporou o exterminador de marginais.

O PT adotou a justa bandeira da diversidade, mas ignorou que parte expressiva da sociedade defende valores e costumes tradicionais. Inebriado pelas novelas da Globo, acreditou que todos pensavam da mesma forma e assustou a patuleia que reivindicava o direito de criar os filhos sem ideologia de gênero e sem doutrinação nas escolas.

Bolsonaro incorporou o chefe de família cristão, respeitador e honesto.

O PT persistiu na defesa de uma presidente inepta e prepotente, que afundou o Brasil na maior recessão da história trazendo de volta a carestia e o desemprego. Para defender a mandatária legalmente deposta, inventou a quimera do “golpe” e escolheu como presidente da sigla outra mulher igualmente inepta e prepotente.

Bolsonaro incorporou a defesa do impeachment ao seu currículo.

O PT acreditou que o País inteiro sairia às ruas para defender seu demiurgo que, segundo diferentes instâncias do Judiciário, foi flagrado em malfeitos que outrora abominava. Não percebeu que mesmo entre os que defendem o companheiro-mor havia a convicção de que ele roubara e deixara roubar.

Bolsonaro incorporou o antilulismo como nenhum outro.

O PT, em seus 13 anos de poder, exerceu o controle do Congresso Nacional adotando o presidencialismo de cooptação. Trocou militantes por princípio por políticos sem princípios.

Bolsonaro incorporou a antipolítica.

O PT patrulhou os brasileiros com o politicamente correto – muitas vezes justificado no conteúdo, mas equivocado na forma. A patrulha chegou às raias do autoritarismo com incidentes como o da apropriação cultural.

Bolsonaro incorporou genuinamente o politicamente incorreto.

Filhote da ditadura

Após 23 anos elegendo políticos da chamada esquerda, de Fernando Henrique Cardoso a Dilma Rousseff, os brasileiros disseram que é hora de mudar. Provavelmente mais pelo cansaço com a política tradicional do que por ideologia.

Legítimo filhote da ditadura, o capitão-presidente assumirá sendo amado e odiado por porções simétricas da cidadania. Poderá optar pelo revanchismo, ou buscar a pacificação. Sua verve beligerante não induz a pistas animadoras.

Se quiser ser bem-sucedido deverá adotar o continuísmo na economia e a ação na segurança pública. Michel Temer, o presidente-tampão, ao legar inflação controlada e emprego em alta, abriu a senda da recuperação da razia petista.

Caso sinalize responsabilidade fiscal – o oposto da ultrapassada ortodoxia petista – e aponte para o saneamento das contas públicas, galvanizará o apoio de empresários e banqueiros. Os fazendeiros já estão com ele.

Seu maior desafio será a violência. Oposição raivosa, o PT vai denunciar mundo afora – literalmente – caso assassinatos e estupros não apresentem rápida redução.

Outro colossal desafio será romper com o toma-lá-dá-cá do Parlamento, modus operandi do PT e do PSDB. Ceder ao fisiologismo, como demonstrado largamente pelos antecessores, é a porta de entrada à corrupção.

Por fim, se pretende de fato aniquilar o PT, precisará conquistar a simpatia dos nordestinos. Em qualquer hipótese, o Brasil deverá o sucesso ou o fracasso do bolsonarismo ao PT.

* Itamar Garcez é jornalista

O post Eleito presidente, Bolsonaro deve agradecer ao PT apareceu primeiro em Política Brasileira.


Eleito presidente, Bolsonaro deve agradecer ao PThttps://caronadamarisa.blogspot.com/rss.xml

Como o AVC funciona e o que fazer para reduzir os casos

Um, dois, três, quatro, cinco, seis. Pronto. O tempo que você levou para ler essa primeira frase foi suficiente para que uma pessoa morresse em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) em algum canto do mundo. Por ano, mais de 17 milhões sofrem com o entupimento ou o rompimento de um vaso que leva sangue aos neurônios. Nesse mesmo ciclo de 12 meses, 400 mil brasileiros encaram o problema. Desses, 100 mil não sobrevivem para contar história, o que faz do AVC a segunda grande causa de óbito no país, atrás apenas do infarto. Pior: a doença começa a atingir gente cada vez mais jovem. A quantidade de pessoas com menos de 45 anos que tiveram essa pane na cabeça aumentou 62% entre 2005 e 2015.

Estatísticas tão assombrosas motivaram um encontro inédito: representantes dos ministérios da saúde de 12 países da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai) se reuniram no último mês de agosto na cidade gaúcha de Gramado para discutir estratégias capazes de frear essa tragédia diária em nossa região.

“Todos tiveram a oportunidade de expor as atuais limitações e apresentar ideias e caminhos para melhorar a abordagem dessa condição”, conta a neurologista Sheila Martins, fundadora da Rede Brasil AVC e uma das responsáveis por articular o debate entre as autoridades presentes.

Ao final do evento, todos os participantes assinaram uma carta em que se comprometem a colocar em prática um conjunto de 16 medidas. “A Declaração de Gramado, nome que o documento recebeu, é um instrumento para aprimorar as políticas públicas em cada nação. Agora vamos acompanhar e pressionar para que elas sejam realmente implementadas”, analisa o neurologista Octávio Pontes Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares.

Os quatro primeiros pontos do artigo visam justamente à prevenção de novos episódios. Isso envolve a criação de campanhas que promovam a atividade física, combatam o excesso de peso, desestimulem o tabagismo e, principalmente, ataquem o consumo exagerado de sal. Em excesso, o tempero promove um aperto em veias e artérias, o que faz a pressão subir. “Sabemos que a hipertensão é o fator de risco mais importante para o surgimento do quadro”, justifica o médico José Francisco Kerr Saraiva, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

Ao normalizar os níveis de pressão, a probabilidade de um piripaque cerebral cai pela metade. E, pasme, se outros componentes, como colesterol e glicemia, estiverem dentro dos limites, é possível evitar até 90% dos casos dessa enfermidade. “São cuidados de saúde essenciais que cada um de nós precisa tomar para diminuirmos a incidência de AVC”, completa Saraiva.

Como sair do labirinto

Conheça os dez principais fatores que contribuem para o AVC. Ao controlá-los, o risco de passar por essa enrascada cai drasticamente, como mostram os números abaixo:

É preciso agir com rapidez

Ok, não há dúvida de que as estratégias preventivas são extremamente eficazes para frear essa catástrofe em longo prazo. Mas e o agora? O que fazer com os milhares de pessoas que sofrem um AVC todos os dias? A Declaração de Gramado tem a resposta para essa questão: é preciso que todo mundo saiba quais são os sinais de alerta mais comuns numa situação dessas.

“Os principais são dificuldade para falar, visão turva, tontura, dor de cabeça forte e um amortecimento ou formigamento no rosto ou nos braços”, lista o cardiologista Otavio Gebara, superintendente médico do Hospital Santa Paula, na capital paulista. Apenas um desses sintomas já é motivo suficiente para ficar alerta e procurar algum tipo de socorro com rapidez.

Aliás, telefonar no 192 para o Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu) é o melhor caminho para adiantar o expediente. “Na maioria das cidades brasileiras, os profissionais que cumprem essa função estão habilitados para iniciar algum tratamento no caminho e direcionar o paciente para um centro com capacidade de responder àquele caso”, esclarece Gebara.

Infelizmente, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro ainda não implementaram completamente esse protocolo contra o AVC por causa do tamanho e da complexidade de operar um sistema tão veloz em metrópoles gigantescas e cheias de desigualdades.

Se a ambulância for demorar muito para chegar até o local, o melhor a fazer é pedir para alguém levar o sujeito com suspeita de AVC ao pronto-socorro de carro ou táxi mesmo. Essa pressa toda se justifica pelo fato de que, a cada minuto sem fluxo sanguíneo em alguma região da cabeça, cerca de 2 milhões de neurônios morrem. É muita coisa! Em uma hora, são 114 milhões de células nervosas que desligam para sempre. Com elas, inúmeras funções cerebrais são perdidas e restam sequelas para o resto da vida. Como diz o jargão médico, tempo é cérebro.

A correria continua solta dentro do hospital. O indivíduo tem prioridade e passa na frente da fila de espera. O ideal é que ele faça uma tomografia, exame que avalia a presença de uma eventual lesão na massa cinzenta, em menos de 20 minutos após dar entrada no local. O resultado deve ser interpretado pelo médico nos 20 a 30 minutos seguintes e, dentro do prazo, ele já sugere qual é a melhor conduta terapêutica. “Esses casos são iguais a um pit stop de Fórmula 1: todos os envolvidos precisam agir com muita sincronia e velocidade”, compara Pontes Neto.

A Organização Mundial da Saúde preconiza que todo o processo, do momento em que o sujeito colocou o pé na instituição até a entrada numa sala de cirurgia (se necessário), não ultrapasse os 80 minutos. “Em alguns centros brasileiros, nós já conseguimos cumprir esse procedimento em 28 minutos”, comemora o médico.

É claro que um serviço complicado desses exige o esforço de muita gente boa e capacitada. A partir dessa premissa, nosso país se inspirou em iniciativas bem-sucedidas nos Estados Unidos e na Europa para criar unidades especializadas em AVC por aqui. “O projeto acontece desde 2008 e ganhou força a partir de 2012, quando o Ministério da Saúde oficializou e publicou as normas”, recorda Sheila Martins. No momento, 56 hospitais estão treinados e credenciados. A meta é ter, pelo menos, 200 deles nos próximos anos.

Existe, porém, uma deficiência na distribuição: muitos desses estabelecimentos estão localizados somente nas regiões Sul e Sudeste, enquanto o Centro-Oeste, o Norte e o Nordeste penam com a escassez na assistência pública e privada. Todos os experts torcem (e trabalham) para que o cenário se modifique não só aqui, mas também em nossos vizinhos latino-americanos: a partir da reunião de Gramado, vários representantes se interessaram pela experiência brasileira e pretendem criar seus próprios batalhões anti-AVC em breve.

O que você pode fazer

  • Pratique exercício físico regularmente.
  • Mantenha uma alimentação variada e equilibrada.
  • Maneire no sal.
  • Não fume.
  • Modere nas bebidas alcoólicas.
  • Consulte o médico e faça check-ups de tempos em tempos.
  • Conheça as pistas de um AVC: dormência no braço ou no rosto, apuros para conversar, perda da visão, tontura…
  • Ao notar qualquer um desses sinais, entre em contato com o Samu pelo número 192.
  • Só vá ao hospital de carro se não tiver uma ambulância disponível.
  • Se passou pelo AVC, nunca abandone as sessões de reabilitação. Elas abrandam as sequelas.
  • Geralmente o médico prescreve alguns remédios. Não deixe de tomá-los!
  • Nunca é tarde para adotar hábitos saudáveis. Eles ajudam a evitar um segundo derrame.

O acesso aos tratamentos

A corrida contra o relógio é justificada por outro fator: o tratamento disponível contra o AVC isquêmico, marcado pela formação de um coágulo que entope um vaso, só funciona se aplicado em até quatro horas e meia após o início dos sintomas. “Trata-se de um medicamento injetado na veia que dissolve o trombo e restabelece o fluxo sanguíneo”, ensina o neurologista Eli Evaristo, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Quanto antes esse remédio é administrado, maior a chance de uma recuperação total.

Por incrível que pareça, grande parte dos acometidos aparece só depois do prazo estipulado. Estatísticas nacionais apontam que menos de um terço deles chega a tempo de receber a terapia farmacológica. Muitos não se preocupam com os sintomas e preferem ficar de repouso, ou tomar um chazinho, para ver se o incômodo passa. Outros moram em áreas remotas, sem acesso às unidades especializadas. Há ainda aqueles que têm o problema sozinhos ou durante a noite, sem ninguém por perto para acudir.

Recentemente, o lançamento de uma nova cirurgia deu fôlego extra contra a doença. A chamada trombectomia mecânica consegue remover o coágulo com o auxílio de uma pequena rede metálica. E melhor: o procedimento é minimamente invasivo, realizado com cateteres que entram no corpo por meio de um furinho no braço ou na virilha.

A técnica também ampliou a janela de tempo dos recursos terapêuticos. “Os estudos demonstraram que ela traz ganhos mesmo após oito horas de bloqueio. Em alguns casos, pode ser feita em até 24 horas com benefícios”, explica o médico Rubens Gagliardi, diretor da Academia Brasileira de Neurologia.

Claro que a novidade possui limitações. Pelo tamanho dos instrumentos, ela só transita por veias e artérias de maior calibre. Outro ponto crítico é que somente está disponível em alguns convênios e hospitais privados e não foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“O governo encomendou uma pesquisa para ver se vale a pena, no custo-benefício, implantar a trombectomia na rede pública”, conta o neurologista Jamary Oliveira Filho, da Universidade Federal da Bahia. O estudo está em andamento e seus resultados serão divulgados nos próximos meses.

Já para os casos de AVC hemorrágico, quando uma artéria se rompe e o líquido vermelho extravasa, a situação é um pouco mais complicada e, infelizmente, não há muito o que fazer. “Nós adotamos uma estratégia de conter o sangramento por meio do controle da pressão arterial no ambiente da unidade de terapia intensiva, a UTI”, explica Evaristo. Uma operação complexa pode ser necessária para limpar as áreas da massa cinzenta atingidas pelo ataque.

O que existe hoje para reabrir as vias cerebrais

AVC isquêmico

  • Trombolítico: O fármaco desfaz o coágulo que atrapalha a passagem de sangue. Só tem efetividade se utilizado em até 4,5 horas.
  • Trombectomia: Método recente que envolve a retirada do trombo por meio de um tipo de cateterismo.

AVC hemorrágico

  • Controle: Ao baixar a pressão sanguínea na UTI, menos sangue alcança o epicentro do derrame, o que restringe a área afetada.
  • Cirurgia: Se o quadro está bem grave, é preciso intervir diretamente no local para minimizar o edema.

A estrada segue em frente

Mas a história não termina no pronto-socorro ou no pós-cirúrgico. Na verdade, ela está no princípio: quando a crise é solucionada, entram em cena fisioterapeutas, professores de educação física, fonoaudiólogos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais.

“A equipe multiprofissional avalia as sequelas e monta um plano de cuidados para o paciente”, esclarece a fisioterapeuta Daniele Rossato, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Essa rotina de recuperação começa na própria cama do hospital e se estende por vários meses. “Os primeiros 90 dias são primordiais nesse trabalho de restaurar as capacidades cerebrais ao máximo”, ressalta Oliveira Filho.

E aqui está uma das maiores deficiências do sistema brasileiro: muitas vezes, a pessoa recebe alta e não tem condições de continuar o processo de reabilitação. Com isso, sobram complicações e dificuldades para retomar a rotina e o trabalho. “Precisamos de políticas públicas que garantam uma reintegração à sociedade”, aponta Daniele.

O panorama do AVC até melhorou um pouco. Mas há muito chão pela frente para vivermos num país (e num continente) com cérebros livres de bloqueios e sangrias desatadas.

O que cobrar das autoridades

  • A implementação de políticas que estimulem hábitos saudáveis desde a infância.
  • A formação de uma boa infraestrutura para a prática de exercícios.
  • A elaboração de leis contra o fumo e o consumo desmedido de sal.
  • A realização de campanhas para a população que abordem os sintomas citados acima.
  • Serviços de emergência bem capacitados em todas as cidades.
  • A construção de novas unidades de AVC em todas as regiões do país.
  • A aprovação de novos remédios e cirurgias modernas pelas agências regulatórias.
  • A incorporação desses tratamentos no SUS.
  • Serviços de reabilitação com capacidade de atender à demanda.

Um app pelo bem do cérebro

A Rede Brasil AVC criou um aplicativo com todos os tópicos relevantes sobre a condição. Disponível gratuitamente para download em aparelhos com sistema Android ou iOS, ele agrega informações como sinais de alerta, testes e dicas para diminuir o risco do problema no futuro.

“Além disso, o programa faz chamadas para o Samu e notifica o usuário sobre os serviços de emergência que estão perto de sua localidade”, diz a médica Sheila Martins.


Como o AVC funciona e o que fazer para reduzir os casos publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Sunday, October 28, 2018

Bicicleta elétrica faz tão bem quanto a convencional?

Se você encara a bicicleta elétrica como uma moto mirradinha, hora de rever esse conceito. Em estudo da Universidade da Basileia, na Suíça, 17 sedentários com sobrepeso usaram esse meio de transporte para ir ao trabalho pelo menos três vezes na semana. Enquanto isso, 15 voluntários fizeram o mesmo, mas com magrelas convencionais. Após um mês, a primeira turma teve um ganho cardiorrespiratório similar ao do segundo grupo.

“Essa medida tem se mostrado um importante fator para mensurar a mortalidade por doenças cardíacas e outras causas”, explica Cristoph Höchsmann, autor do trabalho. Ele lembra que há diferentes níveis de assistência do motor à pedalada. Isto é, a chamada e-bike não faz tudo pelo usuário.

“E, mesmo que o motor esteja no máximo, só para mover as pernas já há gasto energético”, nota o educador físico Rodrigo Bini, da Universidade La Trobe, na Austrália. Sem falar no trabalho corporal apenas para manter o equilíbrio.

Porém, ele diz que o resultado suíço não pode ser extrapolado para pessoas que já são ativas. “Em estudo recente, observamos uma redução de 24% no gasto energético quando carteiros usaram a e-bike no lugar da convencional”, conta.

Ou seja, se o indivíduo tem um nível mais avançado de condicionamento, a bicicleta elétrica não é a melhor escolha para manter esse preparo físico em alta.

Nesse sentido, elas seriam mais interessantes mesmo para quem está acima do peso e idosos, uma vez que exigem um pouco menos de esforço – diante de possíveis limitações, isso é importante. Outra parcela da população que sairia ganhando é aquela que precisa pedalar em trechos com mais subidas. “Principalmente se carrega uma carga adicional, como carteiros e entregadores em geral”, exemplifica Bini.

As e-bikes se mostram excelentes pedidas para esse pessoal não só por facilitar o trajeto, mas também por reduzir o risco de certas encrencas. “Com elas, a sobrecarga nas articulações é potencialmente menor em relação à bicicleta convencional”, frisa Bini. Devido a essa característica, cai o risco de lesões osteomusculares em longo prazo.

O expert da Universidade La Trobe só pede cuidado adicional com o uso de bicicletas elétricas em cidades sem ciclovias ou faixas dedicadas a esse meio de transporte. Afinal, elas atingem velocidades mais elevadas e, quando se compartilha espaço com pedestres, todo cuidado é pouco.

Para cada estilo, uma bicicleta

Alguns serviços e modelos de bike ajudam a incorporar essa atividade no dia a dia. Veja:

Bicicleta dobrável: você pode pedalar e, quando necessário, recorrer ao metrô ou ônibus para chegar ao destino. Fora que é fácil de guardar em casa.

Bicicleta elétrica: com ela, é mais tranquilo encarar subidas (ainda mais se carregar mochila e afins). “E há menor sobrecarga nas articulações, o que pode evitar lesões”, observa Bini.

Bike compartilhada: chegou ao Brasil um serviço que permite ao usuário deixar a bike em qualquer canto. Mas fique de olho no estado dela. E não se esqueça do capacete!


Bicicleta elétrica faz tão bem quanto a convencional? publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Saturday, October 27, 2018

Sorbet, um tipo de sorvete pra lá de saudável – veja como fazer

Estamos às vésperas daquele momento do ano em que as temperaturas sobem pra valer e dá vontade de tomar sorvete todo dia. Mas as quantidades de gordura e açúcar presentes na versão em massa são fatores que inviabilizam seu consumo frequente. A solução para se refrescar sem ter receio da composição nutricional da sobremesa é investir no sorbet. E ele é muito fácil de fazer em casa.

Um detalhe que chama a atenção na receita que você vê abaixo: ela é livre de ingredientes de origem animal – logo, liberadíssima para os veganos. Mas, se não fizer parte desse grupo e quiser dar mais cremosidade ao resultado final, basta trocar a água por uma colher de sopa de iogurte desnatado.

O legal é que dá para variar bem os sabores: banana com canela, manga com hortelã, abacaxi e mix de frutas vermelhas são ótimas pedidas. Até a polpa pura do açaí cai bem aqui. Ela é cheia de antocianinas, substâncias protetoras do corpo.

Vamos aprender a preparar o sorbet? Quem ensina é Liliane Rocha, nutrichef do Rio de Janeiro.

Ingredientes

1 xícara (chá) de morangos congelados
2 colheres (sopa) de açúcar demerara
1 gotinha de sumo de limão (opcional)
2 folhas de hortelã
1 colher (sopa) de água

Modo de preparo

Junte todos os ingredientes e bata-os bem no liquidificador. Leve a mistura ao freezer e sirva depois de duas horas.


Sorbet, um tipo de sorvete pra lá de saudável – veja como fazer publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Friday, October 26, 2018

Maquiagem: tem que tirar

Pense em uma parede que nunca é lixada antes de adquirir uma nova camada de tinta. Ela até fica linda logo após a pintura, mas, com o tempo, desbota, engrossa e descama. Processo semelhante acontece quando uma pessoa usa maquiagem e, ao chegar em casa, vai para a cama sem removê-la. Para ter noção do estrago, o hábito chega inclusive a acelerar o envelhecimento da pele.

Mesmo assim, há um montão de mulheres testando a sorte (e a juventude) por aí. Uma pesquisa feita pela empresa Johnson & Johnson em 2012 indica que 93% das brasileiras utilizam algum tipo de maquiagem. Só que o mesmo levantamento, que teve como base 300 entrevistadas, mostra que as adeptas dos produtos voltados à remoção não chegam a 5%.

Após um dia especialmente exaustivo ou de uma festa de arromba, dá pra entender quem só joga uma água na cara (ou nem isso) e corre para os lençóis. Quando esse comportamento ocorre vez ou outra, não compromete a cútis. Mas se vira rotina… “O problema surge em longo prazo, já que as maquiagens são compostas de pigmentos, resíduos oleosos e outras substâncias que se acumulam no rosto, provocando alterações no pH e em outras características naturais”, explica a farmacêutica Cristina Vendruscolo, da área de desenvolvimento de produtos da Johnson.

Assim como você toma banho e lava o cabelo, deve reservar um tempo aos contornos faciais. E, para isso, não bastam água e sabão. Como a maioria das maquiagens é composta de materiais cerosos e aderentes, um banho de pia não é o bastante para desgrudar todo o material da pele. Por isso os especialistas sugerem recorrer a um demaquilante – que deve ser escolhido de acordo com as suas características.

“Na limpeza, comece com esse produto, já que é a maneira mais eficiente e fácil de remover a maquiagem”, orienta a dermatologista Meire Brasil Parada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O passo seguinte, ainda de acordo com a dermato da Unifesp, é lavar com água em temperatura ambiente ou fria e sabão próprio para o rosto. Isso evita que as substâncias do demaquilante também fiquem na pele. Segundo ela, essas etapas já garantem uma higiene exemplar – é a senha para dormir em paz.

Mas já avisamos que pouco adianta lançar mão dos produtos certos com os instrumentos errados. Vale frisar isso porque há quem apele para o papel higiênico ou uma toalha na hora de tirar a maquiagem. E eles até quebram um galho, porém as esponjas e o algodão (bolinha ou prensado), menos abrasivos, são bem mais amigos do rosto.

Alternativas seguras?
Muita gente recorre aos itens abaixo quando está sem o demaquilante à mão. Veja se são boas saídas

Apenas água
Só se for para remover o excesso de pó. Até porque a maior parte dos produtos é à prova desse líquido.

Sabonete
Os tipos faciais (mais suaves) dão uma força para tirar somente as camadas superficiais de maquiagem.

Xampu de bebê
Não é eficiente para uma faxina daquelas profundas, já que sua fórmula também deixa resíduos sobrando na pele.

Condicionador
Pode ser uma solução para limpar pincéis e esponjas, mas não é adequado para a higienização da pele, ok?

Azeite de oliva
Funciona em áreas que recebem itens bem pigmentados e resistentes à água, como olhos. Depois, deve ser bem retirado.


Maquiagem: tem que tirar publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Os perigos da vaporização vaginal

Sentar-se sobre uma bacia cheia de água quente e ervas aromáticas virou tendência recentemente entre as mulheres: clínicas e spas em vários cantos do mundo passaram a oferecer a tal da vaporização vaginal às suas clientes. No nosso país mesmo, é até possível encontrar à venda na internet kits para experimentar a técnica em casa.

Seus defensores dizem que os vapores têm efeitos desintoxicantes e tonificadores, além de limparem o útero e reequilibrarem os hormônios femininos. Porém, a história não é bem assim.

“Não existe nenhuma comprovação científica desses benefícios”, afirma o médico Sérgio dos Passos Ramos, da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo. O feitiço, aliás, pode virar contra a feiticeira. “Esses banhos chegam a afetar as bactérias do bem que vivem na região vaginal, o que aumenta o risco de infecções”, alerta.

Três perguntas para entender a moda da vaporização vaginal

A tal técnica não é recente, na verdade. E nem parece cumprir o que promete

1 De onde surgiu essa história?

Povos da Nigéria e da Coreia do Sul possuem o hábito de fazer essas lavagens e umidificações regularmente. É um costume que passa de geração em geração.

2 Mas como é que ela se popularizou?

O assunto bombou quando a atriz americana Gwyneth Paltrow postou um texto em seu site elogiando a técnica, que já era oferecida em alguns estabelecimentos.

3 Devo fazer?

A recomendação geral é evitar a prática por causa da falta de resultados em estudos e do risco à saúde que ela representa. Na dúvida, melhor conversar com o ginecologista antes.

Até porque água e sabão neutro são suficientes para higienizar a vulva e os grandes lábios. Não há necessidade de lavar a parte interna e a vagina.


Os perigos da vaporização vaginal publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Thursday, October 25, 2018

10 cosméticos de marca conhecida são proibidos – de sabonete a xampu

A empresa Biotec é conhecida por produtos cosméticos como o sabonete líquido Needs. Pois lotes desse e de outros itens da marca, que vão de xampus a desodorantes, foram proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

O motivo? Segundo comunicado do o órgão público, uma inspeção na Biotec identificou três problemas:

• Divergência entre a fórmula original dos cosméticos e os ingredientes que de fato foram para dentro da embalagem (o que pode afetar a eficiência).
• Distribuição dos produtos para o mercado antes do término de todos os experimentos microbiológicos, que garantem segurança e eficácia.
• Falta de notificação sobre alterações nas formulações dos produtos.

Colocamos, a seguir, os lotes afetados:

• Needs sabonete líquido erva doce, lote 14073.
• Needs sabonete líquido maracujá, lote 14999.
• Needs sabonete líquido lavanda, lote 15003.
• Needs desodorante hidratante corpo amêndoas, lote 14622.
• Needs sabonete antibacteriano cremoso erva doce, lote 15045.
• Biohair shampoo pós química kit 350ml, lote 14772.
• Biohair creme de tratamento intensivo detox antipoluição, lote 16425.
• Óleo capilar relvazon vitamina a, lote 14677.
• Relvazon shampoo queratina, lote 16439.
• Relvazon antitranspirante roll-on women active emotion, lote 15376.

De acordo com a decisão publicada no Diário Oficial da União, todos esses lotes precisam ser recolhidos. E, claro, não podem ser vendidos sob hipótese alguma.

Caso você esteja usando algum desses itens, a recomendação é entrar em contato com o serviço de atendimento ao cliente da Biotec. Eles podem recolher e substituir o cosmético. Você consegue fazer isso por meio do telefone (34) 3222-4412 e do email sac@biotec.ind.br

E, claro, outros itens da empresa seguem sendo vendidos normalmente.


10 cosméticos de marca conhecida são proibidos – de sabonete a xampu publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Gordura sob medida: saiba quanto consumir

Em 2016, foram contabilizados 54,7 milhões de mortes no mundo, sendo que 72% aconteceram em razão de doenças crônicas não transmissíveis. Entre elas, destacam-se, de longe, os problemas cardiovasculares, responsáveis por quase metade dos óbitos. Indigesta, essa cifra tem muito a ver com o que as pessoas estão botando no prato. Não à toa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elaborou um documento que prevê maior vigilância em relação ao consumo de dois tipos de gorduras: as saturadas e as trans. De acordo com a entidade, o foco nesses ingredientes se deve ao fato de que abusar da dupla coloca o organismo na zona de risco de infartos e AVCs.

Para quem atua na área, os novos valores sugeridos pela OMS (que já foi para consulta pública e agora deve passar por revisão e finalização) não causam espanto. No que diz respeito à gordura saturada, por exemplo, a indicação é que ela represente, no máximo, 10% das calorias totais ingeridas no dia a dia – meta com a qual a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) já trabalha.

“Diante de tantas informações que temos visto por aí, o intuito da OMS é se posicionar”, comenta a nutricionista Roberta Cassani, do Instituto de Nutrição, em Itu, no interior paulista, e uma das autoras da primeira diretriz sobre consumo de gorduras da SBC, publicada ainda em 2013.

De fato, há uma espécie de Fla-Flu rolando no campo da alimentação. Ele envolve, de um lado, os carboidratos e, de outro, as gorduras. Há quem garanta que a solução para dispor de uma saúde plena é focar em baixar pra valer a ingestão de massas, pães e arroz – integrantes do primeiro time. Daí, mesmo com uma maior participação das gorduras na rotina (e eventualmente da saturada, encontrada em carnes, manteiga, leite e coco), o coração ficaria numa boa.

Só que é essa a linha de pensamento radical que muitos experts na área desejam combater. “Precisamos de equilíbrio”, defende a nutricionista Elisa Jackix, professora da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Segundo ela, se a alimentação contiver de 45 a 60% de carboidratos e cerca de 30 ou 35% de gorduras totais (respeitando o máximo de 10% em termos de saturadas), não há motivo para preocupação.

O que não dá é para compensar a ausência de um com o excesso do outro. Daí o colesterol sobe de qualquer jeito, deixando as artérias no sufoco.

Quanto de cada gordura você deve consumir

Saturada: Seu consumo não deve passar dos 10% das calorias ingeridas em um dia. Ela está na carne vermelha, nos queijos e no leite. Ainda entra em muitos produtos industrializados. Saiba mais sobre ela clicando aqui.

Insaturada: É subdivida em duas versões. A ingestão da poli-insaturada deve ficar entre 6 e 10% das calorias diárias, enquanto a mono-insaturada tem um limite de 20%. A primeira inclui o ômega-3 da linhaça e dos peixes de água fria, assim como o ômega-6 de muitos óleos vegetais. Já a segunda é representada pelo ômega-9, gordura presente no azeite de oliva, no abacate e no óleo de canola. Conheça esses nutrientes clicando aqui.

Trans: Essa, do ponto de vista de saúde, é indefensável, como falaremos mais pra frente. O ideal seria aboli-la. Veja todos os seus estragos neste link.

Carboidrato versus gordura

Levando em conta justamente a necessidade de prudência, o cardiologista Heno Lopes, da Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração (InCor), na capital paulista, ficou sem entender por que a OMS não aproveitou para reforçar a importância de maneirar nos carboidratos. Ainda mais após o PURE, um estudo publicado recentemente no renomado periódico científico The Lancet.

Ele contou com a participação de mais de 135 mil indivíduos dos cinco continentes e observou, depois de sete anos, que o alto consumo desse nutriente elevou o risco de mortalidade. “O carboidrato simples invadiu a vida das pessoas. E ele mata mesmo”, frisa Lopes, fazendo menção à versão presente em produtos refinados, como arroz e pães brancos, além de uma infinidade de itens industrializados. Isso porque seu excesso é estocado no corpo em forma de… gordura.

A nutricionista Valéria Arruda Machado, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) só faz questão de notar que, no estudo, os maiores fãs de carboidratos chegavam a ter uma dieta composta de 75% de fontes do nutriente – ou seja, realmente mais do que o preconizado.

Já os participantes considerados grandes consumidores de gorduras saturadas não fugiam tanto da recomendação clássica dos nutricionistas – essa de não ultrapassar os 10% do valor calórico total da dieta. Por isso, não houve ligação com doença cardíaca entre esse pessoal.

“O que fica evidente é que não adianta reduzir a gordura saturada e colocar carboidratos simples no lugar. É como trocar seis por meia dúzia”, afirma Valéria. Para ela, o inteligente é focar em alimentos ricos em carboidratos complexos, como os achados em grãos, vegetais e massas integrais.

Por que a gordura é necessária

Também se percebe que não faz sentido enlouquecer em busca de uma dieta magrinha, paupérrima em gordura – mesmo que seja da famigerada saturada. “A gente precisa dela. Inclusive, é tão imprescindível que nosso corpo consegue produzi-la”, ensina o nutricionista Dennys Cintra, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Fica fácil entender por que o organismo pede sua dose de gordura. “Nossas células são revestidas por membranas constituídas basicamente de lipídios”, conta Elisa, usando o nome técnico desse grupo de nutrientes. A versão saturada tem ainda uma missão especial: atua na produção de hormônios. É por esse motivo que não se recomenda gastar a cota total de gorduras só com as versões mono e poli-insaturadas, consideradas mais saudáveis.

Opa, quer dizer que temos até de garantir nossa parcela de saturadas? “Todos os problemas de saúde retratados nos estudos vêm do consumo acima de 10% no total da dieta”, informa Cintra.

Tenha cautela com o óleo de coco

Nos últimos tempos, uma porção de gente parece ter virado especialista nos subtipos dessa gordura. Tudo por causa do óleo de coco. Entenda: ele é formado por ácidos graxos saturados de cadeia média, que, uma vez dentro do organismo, têm transporte facilitado para o interior das células – com isso, são queimados rapidamente. Essa explicação foi o suficiente para o óleo cair nas graças de quem busca emagrecer. Mas o enredo é um tanto mais complexo.

“Temos receptores em células do sistema imune que reconhecem esses ácidos graxos como se fossem bactérias”, revela Cintra. Logo, quando a gordura do óleo de coco entra em cena, nossas defesas naturais são ativadas, levando a um estado inflamatório. “Não é mentira que ela queima mais rápido. Mas, antes do benefício, vemos um prejuízo”, aponta o professor.

Ninguém precisa jogar o óleo de coco pelo ralo. “Mas vale entender que a indicação de ingestão de gorduras saturadas independe do tamanho da molécula [cadeia curta, média, longa]”, avisa o químico Renato Grimaldi, pesquisador do Laboratório de Óleos e Gorduras da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.

Logo, embora existam diferentes tipos de saturadas, a ideia é se ater à recomendação de até 10% do nutriente por dia – e 7% para quem já tem algum fator de risco cardiovascular, como hipertensão ou diabetes.

E saiba que é fácil, fácil atingir esse valor. Em uma dieta de 2 mil calorias, o teor total permitido de saturada é de 22 gramas. Para ter ideia, duas colheres de sopa rasas de óleo de coco concentram 17 gramas do nutriente. Portanto, bastam duas fatias de queijo mussarela, com 5,6 gramas de saturadas, para ultrapassar a cota.

Moral da história: o derivado do coco pode entrar na rotina, mas no lugar de outras fontes gordurosas – não como um extra! E, de preferência, como óleo culinário. “Não há motivo para consumi-lo puro, em colheradas”, acredita Elisa.

A indefensável trans

Enquanto a gordura saturada pode se gabar de ter algumas serventias ao corpo humano – tanto que há recomendação de consumo -, a trans muda o tom da conversa. Nesse caso, o termo apropriado é “limite”.

Para a OMS, o nível tolerado dessa versão, encontrada sobretudo em produtos industrializados, é de 1% em relação ao total de calorias ingeridas em um dia. “É impossível defendê-la. Segundo as evidências, ela não exerce qualquer ação benéfica”, assegura Cintra.

De acordo com a nutricionista Camila Kümmel, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, a gordura trans não só aumenta o colesterol ruim (LDL), que se deposita nas artérias, como reduz a concentração do colesterol bom (HDL), capaz de estimular uma faxina nos vasos.

O melhor seria esquecê-la de vez. Para isso, é preciso examinar as embalagens dos alimentos e fugir dos que levam a gordura hidrogenada entre os ingredientes. Significa que há trans no pacote.

Checar e comparar o rótulo dos produtos é um bom começo para não extrapolar nos nutrientes com potencial de disparar reações perigosas dentro da gente. Entender em quais alimentos eles surgem naturalmente é outro passo em prol do equilíbrio. Assim como comer um pouco de tudo. O conselho, que às vezes soa tão batido, não abre espaço para cortes radicais de um lado e abusos de outro.

E pode apostar: ainda que diretrizes de saúde sejam atualizadas, essa recomendação é daquelas que nunca vão cair em desuso.


Gordura sob medida: saiba quanto consumir publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Mensagens do Dia do Dentista para preservar sua saúde bucal

Hoje, dia 25 de outubro, é celebrado o Dia do Dentista, uma homenagem para esses profissionais que evitam problemas graves – e que não se resumem à boca. Pois é, cuidar da saúde bucal afasta até doenças cardiovasculares, por incrível que pareça. Daí a importância das mensagens que vamos passar a seguir. Elas nada mais são do que reportagens da revista SAÚDE que mostram a importância de uma boa higiene e indicam como cuidar bem dos dentes.

Aproveite e feliz Dia do Dentista!

Problemas bucais

Tratamentos no odontologista

Saúde bucal no dia a dia

Se você quiser ver mais reportagens nossas sobre a saúde bucal, clique aqui.


Mensagens do Dia do Dentista para preservar sua saúde bucal publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Wednesday, October 24, 2018

PROVA UNIFICADA

No dia 30 de outubro, o curso de Direito das Faculdades Integradas São Judas Tadeu aplica a Prova Unificada. Os acadêmicos do 1º ao 7º semestre que pretenderem participar deverão realizar inscrição até o dia 29 de outubro. Inscrições no link.

Lembramos que a realização da prova é facultativa aos acadêmicos do 1º ao 7º semestre e a pontuação obtida será acrescida na nota do Grau B. No dia da prova haverá aula normal para as disciplinas do 1º ao 7º semestre.

Já para quem está entre o 8º e o 10º semestre, a realização da prova é obrigatória. Neste caso, a pontuação obtida vai compor a nota do grau B.

A prova será realizada no turno da manhã às 8h30 e no turno da noite a partir das 19h10. A atividade vale 4 horas de atividade complementar.
PROVA UNIFICADA publicado primeiro em: http://direitosjt.blogspot.com/

Um antitranspirante para suor excessivo é proibido no Brasil

O suor excessivo, também conhecido como hiperidrose, chega a causar ansiedade, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Não à toa, produtos e tratamentos que prometem controlar o problema ganham destaque. Mas um desses itens, o antitranspirante Odaban Spray, acaba de ser vetado no Brasil por não ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa.

Segundo a decisão divulgada no site do órgão, a empresa TSB Comércio Eireli-ME, de Minas Gerais, não possui autorização para vender esse desodorante com alegações de que ele atenuaria a hiperidrose. Portanto, não poderia divulgar o produto como um tratamento contra essa encrenca – ora, sem registro, como saber se a estratégia de fato funciona ou se é segura mesmo?

Curiosamente, o site oficial do Odaban – que possui outros cosméticos na mesma linha, em formato de creme ou pó, por exemplo – afirma que o spray foi testado e aprovado pela Anvisa. O produto era bastante comercializado em sites online.

Era, porque o texto inserido no Diário Oficial da União determina “em todo o território nacional, a proibição da importação, distribuição, divulgação, comercialização e uso do produto Odaban Spray”. A empresa ainda terá de recolher os estoques existentes que saíram para o mercado.

Um recado final: se você sua demais e os desodorantes normais não estão dando conta do recado, desconfie de promessas na internet e converse com um dermatologista. Há várias formas comprovadamente eficazes de enfrentar a hiperidrose.


Um antitranspirante para suor excessivo é proibido no Brasil publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br