Sunday, December 30, 2018

Varizes: por que surgem e como tratar

Nordeste, a terceira arma de Bolsonaro

O Nordeste deve ser a terceira arma do capitão-mor Jair Bolsonaro para transformar as expectativas da campanha eleitoral num governo bem-sucedido. A deixa foi dada pelo general Augusto Heleno, futuro ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo eleito.

Foi numa entrevista a’O Globo de domingo, 18 de novembro, que o militar expôs a estratégia. “Tenho dito que o Nordeste é o centro das atenções para mudar o Brasil”, disse.

Augusto Heleno não é qualquer um. Trata-se daqueles aliados a quem Bolsonaro dá ouvidos.

O general reconhece que o Nordeste pode ser “vitrine”, embora aponte esta como preocupação “secundária”. Para justificar sua resposta, critica as ações públicas pregressas.

“Não acredito que as pessoas sejam tão infantis e continuem pensando em voto, em manipulação, em manter gente como coitadinha quando a gente pode fazer as pessoas terem outra perspectiva para o futuro”. Óbvia referência aos programas sociais que mantêm os mais pobres eternamente dependentes do Estado.

Por enquanto, uma promessa

Bolsonaro não é Lula. Ambos são mitos para seus seguidores. Mas, enquanto Lula reina como demiurgo, Bolsonaro sabe que depende da inteligência de sua equipe.

Sem contar que a obra de Lula é palpável. A de Bolsonaro, uma promessa.

O capitão-mor já deixou explícita sua dependência ao reconhecer que não entende de economia e nomear seu economista de estimação, Paulo Guedes, como o Posto Ipiranga. A influência do faz-quase-tudo é tamanha que provocou um aparente cavalo de pau no pensamento do chefe, que saiu do estatismo militar-petista para a defesa da privatização, sonho de todos os liberais.

Eis que Bolsonaro fez questão de ter Heleno ao seu lado no Palácio do Planalto, centro do poder no Brasil. Logo, ao dizer que o Nordeste é “o centro das atenções”, o auxiliar catapulta a região ao terceiro pilar da futura gestão presidencial.

Há outros dois pilares para que a chamada direita se instale de vez no comando da Nação, após 6 eleições consecutivas onde a chamada esquerda foi a preferida dos eleitores. De Fernando Henrique, em 1994, à Dilma Rousseff, em 2014.

Como descrito neste espaço, mais emprego e menos violência são armas indispensáveis de um eventual sucesso bolsonariano. Enquanto estas têm amplitude nacional, a terceira arma tem foco nos estados mais pobres do Brasil.

Lula idolatrado

Para a difícil tarefa de superar o PT na região, o novo mandatário deve mirar pouco mais de 20 milhões de eleitores nordestinos que sufragaram Fernando Haddad – derrotado no Brasil, mas amplamente vitorioso no Nordeste. Este contingente representa cerca de 52% do eleitorado regional.

Some-se a esta ampla maioria, cerca de 26% de eleitores que se abstiveram, anularam ou votaram em branco. São outros 10 milhões de eleitores a conquistar.

Assim, o alvo do presidente eleito soma cerca de 30 milhões de eleitores nordestinos, ou 77% dos 39 milhões da região. Tarefa muito difícil considerando que os 9 estados do Nordeste concentram graves problemas na educação, na saúde e na segurança. E idolatram Lula.

Para isto, a receita do general (leia-se Bolsonaro) está desenhada. Primeiro, concluir a transposição do rio São Francisco.

Lula, Dilma e Temer executaram 96% da obra. Quando estiver completada, beneficiará 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, estados onde o PT de Haddad obteve expressiva vitória.

Na prateleira de bondades, ao lado da transposição, a dessalinização da água com tecnologia israelense. “O primeiro grande plano é resolver a falta de água”, apontou o general-conselheiro.

Ao lado do combate aos efeitos da seca está a Transnordestina, ferrovia que ligará a cidade de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). Com 1.753 quilômetros de extensão passando por 81 municípios, a obra está pela metade.

Além disso, Bolsonaro anunciou que não acabará com o Bolsa Família. Ao contrário, vai ampliá-lo, concedendo o 13º salário, hoje inexistente.

Bolsonaro incógnita

Mais emprego, menos violência e foco no Nordeste. Eis uma receita de quem pretende garantir o eleitorado que o elegeu, além de conquistar o que o rejeitou.

Caso não se perca em temas paralelos, como o Escola Sem Partido, a chamada direita tem a oportunidade de romper o ciclo de 24 anos em que os eleitores escolheram a sinistra para governá-los (1995-2018) para além dos 4 já conquistados.

Na economia, cujo bom desempenho redundará em mais emprego, precisará contar com a habilidade de Paulo Guedes e seus Chicago Boys. Além dos votos da maioria dos parlamentares.

Na segurança, cujo objetivo é gerar menos violência e combater a corrupção, dependerá do sufeta de Curitiba. Hábil como juiz, Sergio Moro é um enigma numa função política como a de ministro de Estado, pois precisará do apoio do Legislativo e do Judiciário.

No Nordeste, cujo alvo é reduzir a desigualdade econômica e educacional, o sucesso dependerá mais de suas próprias ações. Se se esforçar muito e por longo tempo, poderá ir além do que foi Lula, o mais bem-sucedido mandatário na região.

Nas terras que geraram Ariano Suassuna, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz e Jorge Amado, o futuro presidente poderá seguir a trilha da Arena, do PDS e do PT, que mantiveram os mais pobres sob o jugo do Estado paternalista. Ou dar aos nordestinos o direito de serem livres do Estado.

Como quase tudo que envolve Bolsonaro, uma incógnita a ser decifrada.

 

* Itamar Garcez é jornalista

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O otimismo com a Era Bolsonaro deve muito a Era Temer

O presidente Michel Temer deixará a Presidência da República menos injustiçado do que creem seus aliados, mas mais injustiçado do que detratam seus adversários. Contra a tendência simplificadora das análises sintéticas das redes sociais, muitas ações na política não são preto no branco.

Os 65% dos brasileiros confiantes de que a economia vai melhorar em 2019, conforme pesquisa Datafolha revelada no domingo, 23, devem parte de seu otimismo a Temer. O capitão-mor Jair Bolsonaro não partiria de uma base alvíssara caso Dilma Rousseff tivesse completado o mandato.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/12/otimismo-com-economia-dispara-diz-datafolha.shtml

Antes de analisar o legado temerista, é preciso recordar que sua trajetória presidencial seria mais bem-sucedida não fossem as ações de Joesley Batista e Rodrigo Janot. Joesley é aquele magarefe que convenceu jornalistas a chamar matadouro de fábrica de proteína animal.

Janot é o afoito procurador que, numa tacada, (1) chancelou o mais escandaloso acordo de deleção premiada do mundo visando deixar solto um corruptor confesso e (2) detonou uma reforma da previdência, cujo objetivo era evitar o colapso das contas públicas e acabar com privilégios. Como as bilionárias regalias de procuradores e juízes.

Com um acordo acertado à velocidade da luz, (3) Janot, embora não fosse juiz, absolveu um criminoso confesso. Ou seja, investigou e inocentou ao mesmo tempo. Um contrassenso jurídico.

Bendita herança

Nada disso, entretanto, teria acontecido caso Temer tivesse se esquivado de encontros noturnos com meliantes do erário – no caso, o magarefe. Como resultado, a noite de 7 de março de 2017 foi fatídica não apenas para Temer, mas para reformas como a da previdência, que estava engatilhada, mas gorou.

Temer é um político comum. Habilidoso no jogo partidário, valeu-se das mesmas práticas condenáveis de PT, PSDB e MDB, sua legenda, conforme revelaram à larga a Polícia Federal e o Ministério Público – mais das vezes ratificadas pelo Judiciário.

Na administração pública, adotou postura diferente do PT, que estacionou no século XIX. Percebeu que responsabilidade fiscal e privatizações não são coisa dos inimigos da classe operária. Ao contrário, são princípios que, aliados a outras ações, ajudam a diminuir as desigualdades.

Assim, se a herança de 13 anos do PT de Dilma Rousseff foi maldita, a de Temer pode pavimentar a retomada do crescimento econômico. Ele pegou o País na mais grave recessão da história e vai entregá-lo no rumo da solvência.

Temer deixará ao sucessor inflação controlada e juros baixos para os padrões brasilianos. Não é pouco.

Gastos com teto

No seu mandato-tampão, aprovou o teto de gastos. A regra, elementar do ponto de vista da administração hígida, expôs as iniquidades do nosso sistema.

As administrações públicas, nas três esferas, têm se transformado numa máquina de sustentar privilégios de servidores públicos e custear generosas aposentadorias a barnabés, imunes às intempéries do sobe-e-desce da economia. A regra desnudou um Estado que parece ter um único objetivo: sustentar a própria máquina e os privilegiados que a operam.

Neste sistema, dane-se o usuário final, o cidadão que paga impostos. Ou os que não pagam porque não têm renda.

O debate em torno do teto de gastos mostrou, ainda, que há empresários e empresários. Alguns têm que ralar para bancar a carga tributária asfixiante. Outros, beneficiários das desonerações fiscais, possuem vantagens reiteradamente prorrogadas pelo Governo e pelo Parlamento.

A polêmica reforma trabalhista, por seu turno, não provocou o colapso no emprego anunciado pelos sindicalistas. Mas tampouco mostrou sua eficácia. É preciso esperar para ver suas consequências.

Temer pautou as parcerias com a iniciativa privada e as privatizações. Do estado gigamenso e controlador da era petista, o Brasil pode rumar à era do estado enxuto e que se meta menos na vida das pessoas.

Sobram problemas

Há problemas? De sobra. A prática da corrupção seguiu em alta nas esferas políticas. A violência, como assassinatos e estupros, continua integrante fúnebre da vida dos brasileiros.

A proteção ao meio ambiente foi escanteada. Os direitos humanos continuaram sendo agredidos.

O buraco nas contas públicas ainda é bilionário. Fosse a União uma empresa privada já teria falido. Mas, pelo menos, foi estancado e, apesar das pautas-bomba do Congresso Nacional e das sentenças-bomba da Suprema Corte, a indicação é de queda.

Herança temerista

Quem quiser ler um amplo balanço da célere Era Temer pode consultar a página do Ministério da Fazenda. Fato é que o presidente Jair Bolsonaro assumirá o mandato, em janeiro de 2019, em condições melhores do que as herdadas por Temer, em agosto de 2016, quando tomou posse plena da Presidência.

http://www.fazenda.gov.br/balanco-e-perspectivas/

O que o novo mandatário vai fazer com a herança temerista serão outros quinhentos. O caminho foi aberto e a receita para voltar a crescer está posta.

De resto, há partidos de oposição, que querem retomar o poder e, para tanto, torcem para que tudo dê errado, e de situação, que pretendem continuar sugando o erário em benefício próprio. E há brasileiros cansados de viver no país do futuro, mas que jaz eternamente no passado.

 

* Itamar Garcez é jornalista

 

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Saturday, December 29, 2018

Farinha de bambu: mais fibras e menos carboidratos:

Já notou como produtos integrais normalmente são mais escuros ou amargos? Ainda que a presença de fibras seja um ponto forte – as substâncias dão saciedade e evitam picos de açúcar no sangue –, as características sensoriais podem afastar consumidores. Mas pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas, no interior paulista, têm a solução para o dilema: apostar na farinha vinda do bambu.

“Ela é fonte de fibras, tem sabor neutro e mantém as massas claras, favorecendo a aceitação”, resume a farmacêutica Maria Teresa Pedrosa Clerici, que coordenou estudos com o ingrediente. Com o bambu, por exemplo, chegou-se a uma receita de cookie com 50% menos gorduras e açúcar – aprovadíssima em testes sensoriais. “Até ganhamos prêmio com ela”, conta.

Outro preparo de sucesso foi o macarrão fettuccine. A expectativa é que, diante de tantas virtudes, empresas alimentícias invistam no processamento e uso do bambu.

Farinha de bambu traz mais fibras e menos carboidratos

Carboidratos

Farinha de bambu – 24 g

Farinha de milho – 79 g

Farinha de trigo – 75 g

Fibras

Farinha de bambu – 50 g

Farinha de milho – 5,5 g

Farinha de trigo – 2,3 g

O planeta também agradece

A plantação de bambu ocupa pouco espaço, já que é vertical. E seu crescimento se dá rapidamente. Nessa fase, ele retém quatro vezes mais gás carbônico do que uma árvore que se desenvolve de forma lenta. “Significa que faz uma boa limpeza do ar”, traduz Maria Teresa.

Para completar, não há pragas para bambus – logo, agrotóxicos ficam de fora da plantação.


Farinha de bambu: mais fibras e menos carboidratos: publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Friday, December 28, 2018

Terapia online: os benefícios e os cuidados dessa nova tendência

Se vivesse hoje no Brasil, o pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), provavelmente estaria às voltas com um dilema: aderir à modalidade do atendimento online, por meio de mensagens, e-mails e videochamadas por computador e celular, ou continuar fazendo sessões presenciais, com o bom e velho divã? Difícil dizer. O que se sabe é que, desde o dia 14 de novembro, os 323,7 mil profissionais cadastrados no site do Conselho Federal de Psicologia (CFP) foram autorizados a usar plataformas virtuais — como Skype, WhatsApp e Hangouts — para atender seus pacientes. E sem restrição de assunto ou limite de tempo e sessões.

A resolução anterior, de 2012, liberava apenas “orientações”, e não “consultas ou atendimentos” pra valer. “Mais do que vantagens, vejo facilidades com essa medida: quando estiver doente, viajando ou morando em um lugar distante ou com carência de profissionais, o usuário poderá recorrer ao atendimento online”, explica a psicóloga Rosane Granzotto, do CFP.

Ainda que amplifique o acesso, a psicoterapia virtual provoca uma dúvida: será que ela é tão eficaz quanto a ao vivo e em cores? Maria Adélia Minghelli Pieta, doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, assegura que sim.

Autora de um estudo sobre o tema, ela coordenou uma equipe de oito psicólogas que, entre junho e novembro de 2012, atendeu 24 pacientes: 12 deles via Skype e 12 em sessões presenciais. Dois anos depois, comparou os resultados e constatou que a terapia online nada ficou a dever ao modelo convencional.

“Diante do grande número de evidências, sou a favor do atendimento psicológico a distância. Em certa medida, ele reproduz o que acontece nos encontros presenciais”, afirma Maria Adélia.

A terapia virtual chega ao Brasil depois de ser regulamentada em diversos países, como Canadá, Austrália e Reino Unido. Nos Estados Unidos, um trabalho da Universidade de Minnesota revela que, além de ser tão eficiente quanto, ainda sai mais barato, tanto para terapeutas quanto para pacientes.

Considerando os gastos com combustível e o valor das sessões, entre outras despesas, as portadoras de transtorno alimentar que aderiram ao tratamento remoto economizaram o equivalente a 8 mil reais quando comparadas às mulheres que participaram de 20 encontros cara a cara durante quatro meses.

No Brasil, os valores das consultas virtuais também tendem a ser mais baixos. A título de comparação: uma consulta presencial, segundo tabela de honorários do CFP, sai, em média, por 226,38 reais. O valor mais em conta cobrado por uma sessão online é de 70 reais.

A discussão, na verdade, é mais antiga do que aparenta. Teve início em 1994, quando o uso do telefone para fins de atendimento psicológico foi debatido. E ganhou força em 2005, ano em que o serviço por computador foi autorizado em caráter experimental. Sete anos depois, passou a ser permitido, desde que o psicólogo tivesse site próprio.

Um dos adeptos da terapia online é o psiquiatra Wagner Gattaz, diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Em 2014, ele desenvolveu um estudo envolvendo 107 pacientes com depressão. Desses, 52 foram tratados via Skype e 55 pelo método tradicional. Em relação à evolução clínica, não houve diferença: os dois modelos se mostraram similares.

Gattaz, no entanto, verificou maior adesão ao tratamento entre os usuários da internet. “Muitas vezes, o atendimento a distância é o preferido porque torna o tratamento mais acessível. Em um país de dimensões continentais, há inúmeros rincões sem um serviço de saúde mental por perto”, avalia o médico.

Os números do CFP confirmam essa disparidade: enquanto Roraima, na Região Norte, tem 677 psicólogos, São Paulo, no Sudeste, registra a maior concentração do país: 97 614, ou seja, 145 vezes mais. Não é por acaso que a quantidade de sites que oferecem atendimento psicológico vem crescendo no Brasil.

Robô que faz terapia?

A inteligência artificial é a mais recente aliada da medicina no combate à depressão. Batizado de Deprexis, o programa de computador criado na Alemanha com base na terapia cognitivo-comportamental (TCC) tira as dúvidas do usuário e avalia suas oscilações de humor. Além disso, ajuda a reconhecer os sintomas da doença, propõe soluções para problemas do dia a dia e ensina a lidar com pensamentos negativos.

Seu uso é recomendado de uma a duas vezes por semana, por pelo menos 30 minutos. Para ter acesso à ferramenta digital, que conta com aprovação no Brasil, o paciente precisa informar o registro de seu médico no Conselho Federal de Medicina (CFM) e pagar uma taxa única de 990 reais. Essa terapia coadjuvante dura três meses.

Veja alguns serviços brasileiros que oferecem atendimento psicoterápico virtual

Telavita: O valor da consulta varia de 80 a 250 reais. Caso o usuário não se identifique com o psicólogo que o atendeu, pode agendar com outros profissionais credenciados.

Oriente me: O usuário escolhe entre quatro planos: semanal (70 reais), quinzenal (120 reais), mensal (199 reais) e trimestral (540 reais). O terapeuta responde pelo menos uma vez ao dia de segunda a sexta.

99psico: Disponibiliza vídeos temáticos sobre ansiedade e depressão e atende crianças e adolescentes desde que haja autorização do responsável. O valor recomendado por consulta é 99 reais.

Fala Freud: Oferece avaliação grátis e planos a partir de 159,99 reais mensais. A exemplo de outros, todas as mensagens trocadas entre paciente e psicólogo são criptografadas por segurança.

Zenklub: O valor mínimo é de 80 reais por sessão. Fornece testes para depressão, sono, ansiedade e síndrome do pânico. E atendimento com coach, psicólogo, psicanalista e terapeuta.

O crescimento da terapia online e os cuidados a serem tomados

Veja só: em 2012, o total de plataformas cadastradas no site do CFP era de “apenas” 224. Em 2018 saltou para 854. Um aumento de 381%. Bruno Haidar é o CEO de uma dessas plataformas, a Oriente Me. Ele atribui o sucesso da terapia virtual à quebra simultânea de quatro barreiras: preço, acesso, compatibilidade e estigma.

“Por meio de um aplicativo, o paciente pode falar com um psicólogo escolhido com base no seu perfil, sempre que quiser, por até 6 reais por dia e podendo se identificar por um apelido de sua escolha”, conta Haidar. “Dos mais de 14 mil pacientes atendidos, 77% nunca tinham se consultado com um psicólogo antes. Estamos atingindo um público que não tinha acesso à terapia.”

Alguns passos são recomendáveis na hora de escolher o “webterapeuta”. O primeiro é certificar-se de que o psicólogo está inscrito no Cadastro Nacional de Psicólogos, do CFP.

Checada essa informação, vale apurar se existem queixas contra o aplicativo em sites de reclamações contra empresas, caso do Reclame Aqui e do Proteste. “Para muitos empresários, essa resolução pode significar apenas uma boa oportunidade para ganhar dinheiro”, alerta a psicóloga Milene Rosenthal, fundadora da TelaVita.

Outra precaução a ser tomada é escolher uma plataforma que zele pelo sigilo dos dados do paciente. “Todas as sessões devem ser criptografadas para garantir o máximo em segurança ao usuário”, ressalta o médico Rui Brandão, CEO da Zenklub.

As ponderações sobre o divã digital

Apesar das vantagens oferecidas, a resolução que amplia o atendimento a distância suscita críticas e pontos de atenção. A psicóloga Débora Piovezan Gayoso, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, cita, entre outras dificuldades, que, caso o atendimento seja por chats ou trocas de mensagens, “perde-se a entonação da voz com que o paciente se expressa”.

“Fora que erros de ortografia e ambiguidades podem motivar divergências de sentido.” Outro inconveniente, segundo Débora, é o paciente precisar cortar a comunicação repentinamente — porque alguém chegou em casa ou o telefone tocou —, o que pode atrapalhar o desenvolvimento da sessão.

A psicanalista Luciana Carvalho, da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ), engrossa o coro. Para ela, a principal desvantagem é a perda da observação gestual do paciente. “Durante a sessão, o analista fica atento tanto às manifestações do inconsciente quanto à linguagem não verbal. Tudo isso fica prejudicado quando analista e paciente se comunicam pela tela de um computador”, observa.

Já o psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, adota um tom mais conciliador. Na opinião dele, o atendimento virtual não deve ser visto como um substituto, e sim como um complemento do presencial. “Nas situações mais graves, de risco para suicídio, de adicções ou de angústia extrema, não se recomenda tratamento a distância”, pondera Dunker.

Atento a esses e outros casos, o CFP alerta que o atendimento de pessoas e grupos em situação de urgência e emergência — surto psicótico, ataque de pânico ou depressão profunda, por exemplo — é considerado inadequado. Em situação de violação de direitos ou de violência (estupros e ataques racistas ou homofóbicos) ou de desastres (incêndio, enchente ou acidente de avião), permanece proibido.

“Se um profissional for procurado para atendimento online e avaliar que se trata de um caso de urgência e emergência, deverá fazer contato com a rede de assistência mais próxima ao usuário e encaminhá-lo para o serviço presencial”, orienta Rosane.

No fim das contas, é bem provável que, se vivo estivesse, Freud não precisasse aposentar o famoso divã que ganhou de presente de uma de suas pacientes. Daria para aliar seu uso com a tela do celular.

Cuidados e medidas que garantem uma boa consulta

O profissional: Certifique-se de que ele está registrado no Cadastro Nacional de Psicólogos. Pesquise pelo nome completo ou número no conselho.

O serviço: Investigue se há queixas contra o aplicativo em sites de reclamações como o Reclame Aqui e o Proteste.

O meio: Por segurança, evite locais públicos, como cafés, bibliotecas ou coworkings. Use, se possível, computador ou celular pessoal.

A internet: Para evitar que o sinal caia durante a sessão, invista em um provedor de qualidade. Também capriche no antivírus.

O local: No dia e horário marcados, procure um ambiente privado e tranquilo. Evite ser interrompido durante a sessão.

Médico a distância

Será que algum dia a consulta médica também será virtual? A julgar pelo Código de Ética Médica, a resposta é não. Ele postula que é vedado ao profissional “prescrever tratamento sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência”.

O Conselho Federal de Medicina ressalva que “o médico pode, porém, orientar por telefone pacientes que já conheça, para esclarecer dúvidas”. Fora as experiências de telemedicina, em que o atendimento remoto é mediado por um profissional, a consulta a distância individual não é endossada por aqui.


Terapia online: os benefícios e os cuidados dessa nova tendência publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Thursday, December 27, 2018

Esclerose múltipla: novo tratamento já era usado contra outras doenças

Por mais que as opções de remédios contra essa desordem tenham se multiplicado nos últimos anos, ainda existem alguns casos de esclerose múltipla de difícil controle. A falta de boas medicações é sentida principalmente na forma progressiva, marcada pelo avanço contínuo dos sintomas. “Esse subtipo costuma se iniciar em indivíduos mais velhos, a partir dos 45 ou 50 anos”, explica o neurologista Denis Bichuetti, da Universidade Federal de São Paulo.

Mas o cenário pode mudar em breve: o medicamento ibidulast, disponível há décadas no Japão para tratar AVC e asma, chamou a atenção ao reduzir danos cerebrais num estudo com 255 pacientes, publicado no periódico The New England Journal of Medicine.

Agora, ele será avaliado em um grupo maior de voluntários para ver se os bons resultados se repetem.

Os tipos de esclerose

Remitente recorrente: Se manifesta por meio de surtos que ocorrem de forma súbita. Depois, o quadro volta ao normal.

Progressiva: Os incômodos, como as dificuldades motoras, se acumulam aos poucos e progridem com o tempo.

Como funcionam os tratamentos atuais

Imunomoduladores convencionais: São os mais antigos. Administrados por meio de injeções, eles têm potência baixa.

Imunomoduladores sintéticos: Esses comprimidos são prescritos quando a situação tem uma gravidade média.

Anticorpos monoclonais: Grupo dos princípios ativos mais modernos e potentes. O problema é o custo mais elevado.

Terapias de apoio: Fisioterapia, suporte emocional e fortalecimento físico são essenciais para minimizar as sequelas.


Esclerose múltipla: novo tratamento já era usado contra outras doenças publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Wednesday, December 26, 2018

8 canais do YouTube sobre advocacia e Direito para você se inspirar

O YouTube é ótimo para ver vídeos engraçados, bichíneos fofíneos, receitas, entre outros temas. Mas será que também existem canais do YouTube sobre advocacia e Direito, com dicas e vivências sobre o mercado?

A resposta é: CLARO QUE TEM! Existem canais para todos os gostos: com foco no Direito, na prática, no empreendedorismo, no dia a dia jurídico, e muito mais. Hoje trago alguns para você se inspirar!

Canais do YouTube sobre advocacia e Direito

1. Empreendedorismo Jurídico

Quem já me acompanha há algum tempo sabe! O primeiro canal do YouTube sobre advocacia e Direito que indico obrigatoriamente é o Empreendedorismo Jurídico. É comandado por Rodrigo Padilha, que já foi meu professor e, hoje, continua sendo meu mentor e referência.

Seu canal é totalmente voltado para o advogado que busca empreender e se diferenciar na advocacia, gerando cada vez mais resultados com seu escritório. Um dos vídeos de destaque é sobre Marketing Jurídico. Vale conferir!

2. Advocacia Simples

O Advocacia Simples é um canal voltado para quem precisa simplificar a sua prática jurídica e ter mais resultados.

A ideia é sempre ser direto e objetivo, mostrando que a Advocacia pode ser muito mais simples do que alguns tentam fazer crer. Com técnicas e dicas diretas, é possível ter muito mais resultado.

O canal é apresentado por Mateus Terra, este que vos escreve, então fique à vontade para dar sugestões e fazer observações. 😉

3. Minutos de Direito

O terceiro da lista de canais do YouTube sobre advocacia e Direito que indico é comandado por Mariana Gonçalves. A advogada é uma das grandes popstars do mundo jurídico, merecidamente.

Em seu canal, Minutos de Direito, Mariana traz uma série de conteúdos relevantes para advogados, falando sobre Direito, prática jurídica, indicação de livros e empreendedorismo.

Mariana Gonçalves é uma das maiores produtoras de conteúdo do mercado. Em algum momento, todos já depararam com algum conteúdo dela, seja no Instagram, no YouTube, ou em seu blog.

4. José Andrade

O canal José Andrade é comandado pelo Juiz de Direito de mesmo nome. Ele tem um trabalho muito focado em audiências e prática processual e traz soluções para questionamentos muito comuns no dia a dia do advogado, que raramente ouvimos falar na faculdade.

Mesmo tendo foco principal em audiências, há outras dicas muito interessantes sobre processo em geral. Vale conferir mais esta indicação entre os canais do YouTube sobre advocacia e Direito!

5. Juri_DICAS

Criado por Célia Dantas e Cristina Cruz, o Juri_DICAS é um canal focado em dicas rápidas sobre Direito. Elas vão direto ao ponto em muitas dúvidas de clientes e advogados, trazendo respostas de forma clara.

6. Conexão 23

Seguindo a lista de canais do YouTube sobre advocacia e Direito, indico o canal Conexão 23. Os assuntos são tratados em um “papo de bar” entre amigos, com direito a bebidas e petiscos.

Se você é da área ou tem amigos do Direito, com certeza já teve uma conversa dessas em algum momento! O canal é apresentado pelos professores e advogados Gladstone Felippo, Rodrigo Bello, Paulo Nasser, Rafael Mendonça e Gabriel Quintanilha.

7. Evinis Talon

Focado principalmente na Advocacia Criminal, o canal de Evinis Talon traz grandes ensinamentos para quem atua ou pretende atuar na área. Além disso, aborda também fatores ligados ao empreendedorismo na Advocacia.

Um dos vídeos de destaque é sobre prospecção de clientes na advocacia. Evinis Talon compartilha dicas e ensinamentos para advogados fidelizarem e atraírem novos clientes.

8. Advocacia na Prática

O canal Advocacia na Prática é voltado principalmente para a Advocacia Trabalhista e Previdenciária. Ele é apresentado por Tiago Pereira, que atua e tem experiência nas duas áreas.

Além disso, há assuntos que podem ser aplicados em qualquer área da advocacia, como prospecção de clientes e cobrança de honorários.

Adicionando mais canais à lista

Estes são 8 canais do YouTube sobre advocacia e Direito que indico! A ideia é que com as dicas você possa conhecer ainda mais conteúdo e se inspirar para o seu trabalho e carreira!

Mas e aí, você tem alguma indicação de canal do YouTube que ficou de fora da lista? Compartilha coma a gente aqui nos comentários! 😉


8 canais do YouTube sobre advocacia e Direito para você se inspirar publicado primeiro em: https://www.aurum.com.br/blog/

8 canais do YouTube sobre advocacia e Direito para você se inspirar

O YouTube é ótimo para ver vídeos engraçados, bichíneos fofíneos, receitas, entre outros temas. Mas será que também existem canais do YouTube sobre advocacia e Direito, com dicas e vivências sobre o mercado?

A resposta é: CLARO QUE TEM! Existem canais para todos os gostos: com foco no Direito, na prática, no empreendedorismo, no dia a dia jurídico, e muito mais. Hoje trago alguns para você se inspirar!

Canais do YouTube sobre advocacia e Direito

1. Empreendedorismo Jurídico

Quem já me acompanha há algum tempo sabe! O primeiro canal do YouTube sobre advocacia e Direito que indico obrigatoriamente é o Empreendedorismo Jurídico. É comandado por Rodrigo Padilha, que já foi meu professor e, hoje, continua sendo meu mentor e referência.

Seu canal é totalmente voltado para o advogado que busca empreender e se diferenciar na advocacia, gerando cada vez mais resultados com seu escritório. Um dos vídeos de destaque é sobre Marketing Jurídico. Vale conferir!

2. Advocacia Simples

O Advocacia Simples é um canal voltado para quem precisa simplificar a sua prática jurídica e ter mais resultados.

A ideia é sempre ser direto e objetivo, mostrando que a Advocacia pode ser muito mais simples do que alguns tentam fazer crer. Com técnicas e dicas diretas, é possível ter muito mais resultado.

O canal é apresentado por Mateus Terra, este que vos escreve, então fique à vontade para dar sugestões e fazer observações. 😉

3. Minutos de Direito

O terceiro da lista de canais do YouTube sobre advocacia e Direito que indico é comandado por Mariana Gonçalves. A advogada é uma das grandes popstars do mundo jurídico, merecidamente.

Em seu canal, Minutos de Direito, Mariana traz uma série de conteúdos relevantes para advogados, falando sobre Direito, prática jurídica, indicação de livros e empreendedorismo.

Mariana Gonçalves é uma das maiores produtoras de conteúdo do mercado. Em algum momento, todos já depararam com algum conteúdo dela, seja no Instagram, no YouTube, ou em seu blog.

4. José Andrade

O canal José Andrade é comandado pelo Juiz de Direito de mesmo nome. Ele tem um trabalho muito focado em audiências e prática processual e traz soluções para questionamentos muito comuns no dia a dia do advogado, que raramente ouvimos falar na faculdade.

Mesmo tendo foco principal em audiências, há outras dicas muito interessantes sobre processo em geral. Vale conferir mais esta indicação entre os canais do YouTube sobre advocacia e Direito!

5. Juri_DICAS

Criado por Célia Dantas e Cristina Cruz, o Juri_DICAS é um canal focado em dicas rápidas sobre Direito. Elas vão direto ao ponto em muitas dúvidas de clientes e advogados, trazendo respostas de forma clara.

6. Conexão 23

Seguindo a lista de canais do YouTube sobre advocacia e Direito, indico o canal Conexão 23. Os assuntos são tratados em um “papo de bar” entre amigos, com direito a bebidas e petiscos.

Se você é da área ou tem amigos do Direito, com certeza já teve uma conversa dessas em algum momento! O canal é apresentado pelos professores e advogados Gladstone Felippo, Rodrigo Bello, Paulo Nasser, Rafael Mendonça e Gabriel Quintanilha.

7. Evinis Talon

Focado principalmente na Advocacia Criminal, o canal de Evinis Talon traz grandes ensinamentos para quem atua ou pretende atuar na área. Além disso, aborda também fatores ligados ao empreendedorismo na Advocacia.

Um dos vídeos de destaque é sobre prospecção de clientes na advocacia. Evinis Talon compartilha dicas e ensinamentos para advogados fidelizarem e atraírem novos clientes.

8. Advocacia na Prática

O canal Advocacia na Prática é voltado principalmente para a Advocacia Trabalhista e Previdenciária. Ele é apresentado por Tiago Pereira, que atua e tem experiência nas duas áreas.

Além disso, há assuntos que podem ser aplicados em qualquer área da advocacia, como prospecção de clientes e cobrança de honorários.

Adicionando mais canais à lista

Estes são 8 canais do YouTube sobre advocacia e Direito que indico! A ideia é que com as dicas você possa conhecer ainda mais conteúdo e se inspirar para o seu trabalho e carreira!

Mas e aí, você tem alguma indicação de canal do YouTube que ficou de fora da lista? Compartilha coma a gente aqui nos comentários! 😉


8 canais do YouTube sobre advocacia e Direito para você se inspirar publicado primeiro em: https://www.aurum.com.br/blog/

Engordar além do normal na gravidez faz mal para a mãe e para o bebê

Após avaliar 11 132 grávidas, cientistas de várias instituições, entre elas a Universidade de Genebra, na Suíça, viram que 36,3% das voluntárias perderam o controle alimentar nessa fase. Assim, ganharam uma média de 3,7 quilos a mais do que as mulheres sem o apetite exagerado.

Fora que tiveram déficit de nutrientes e deram à luz bebês mais pesados. “O pensamento de que a grávida precisa comer por dois não faz sentido”, avisa a nutricionista Eveline Duarte, do Rio de Janeiro.

Segundo ela, o ganho de peso excessivo prejudica a mãe e repercute negativamente na saúde da criança ao longo da vida, já que o funcionamento do organismo é moldado desde o útero.

Na pesquisa, não à toa os filhos das grávidas comilonas eram duas vezes mais propensos à obesidade aos 15 anos.

Os perigos do excesso de peso para a mãe

Déficit nutricional: Quando há descontrole à mesa, dificilmente a qualidade da dieta é boa.

Hipertensão: Gestantes obesas são mais suscetíveis à pré-eclâmpsia, a pressão alta na gravidez.

Trombose: A obesidade facilita a formação de trombos que atrapalham a circulação.

O bebê também sofre quando o ponteiro da balança dispara

Baixo peso ao nascer: Uma mãe com deficiência de nutrientes pode gerar uma criança franzina.

Peso muito elevado: Já o diabetes gestacional leva ao nascimento de bebês grandes.

Prematuridade: Filhos de mulheres obesas são mais vulneráveis ao nascimento prematuro.

Obesidade no futuro: A memória metabólica favorece o ganho de peso, elevando o risco de doenças.

Nove meses na rota certa

A ginecologista e obstetra Mariana Simões, de Campinas (SP), acha essencial o acompanhamento com nutricionista e o incentivo à prática de atividades físicas para driblar a comilança e o acúmulo de quilos extras na gestação.

Mas ela lembra que as grávidas não devem ir para o outro extremo. “Lutar contra o ganho normal de peso também traz prejuízos à saúde“, alerta.


Engordar além do normal na gravidez faz mal para a mãe e para o bebê publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Sunday, December 23, 2018

Incidência de infartos aumenta no Natal

Não queremos acabar com a magia do Natal, mas… a véspera dessa data comemorativa foi ligada a um risco 37% maior de infarto, segundo estudo sueco publicado no periódico científico British Medical Journal.

A incidência de ataques cardíacos também foi maior no Ano Novo e no dia que marca o início do verão no hemisfério Norte – outro momento de celebração na Suécia. O mesmo não aconteceu em eventos esportivos e na Páscoa.

Antes de buscarmos explicações para esse fenômeno intrigante, convém entender a pesquisa. Os cientistas do Instituto Karolinska e das universidades de Lund, Uppsala e Örebro, na Suécia, verificaram as datas dos 283 014 casos de infarto listados no Registro Sueco de Unidade Coronariana, entre 1998 e 2013.

Informações sobre os pacientes e suas condições de saúde, como idade, índice de massa corporal (IMC), resultados de exames e medicamentos usados também foram coletadas.

Com os dados em mãos, os experts compararam o número de piripaques cardíacos durante aqueles feriados com as ocorrências nas duas semanas anteriores e posteriores a eles. No caso dos eventos esportivos averiguados – Copa do Mundo, Liga dos Campeões da Europa e Olimpíadas de Verão e Inverno –, estabeleceu-se, como base para comparação, o mesmo período em que os campeonatos ocorreram, mas um ano antes.

Após todas essas análises, os pesquisadores chegaram ao resultado de que, na véspera do Natal, o risco de sofrer um ataque cardíaco é 37% maior que em outros momentos do ano. No Ano Novo, a possibilidade sobe 20%.

Os estudiosos acreditam que o pico de emoções, como raiva, ansiedade, tristeza, luto e estresse, estaria por trás desse perigo extra do dia 24 de dezembro. Sim, é uma visão bem pessimista da data.

Já no primeiro dia do ano, o excesso no consumo de bebidas alcoólicas, drogas e comida, além do tempo sem dormir, teriam culpa no cartório.

Se levarmos em consideração o feriado natalino inteiro (24 e 25 de dezembro), a incidência de infarto é 15% maior, assim como no Ano Novo e em sua véspera (31 de dezembro e 1 de janeiro). Já no primeiro dia do verão sueco, o número vai a 12%.

E atenção: as pessoas mais sujeitas a sofrer com essas datas eram as mais velhas, com histórico de diabetes ou de problemas cardíacos.

Para surpresa dos autores, os eventos esportivos não ameaçaram o coração, diferentemente do que mostram outras pesquisas. A Páscoa também não provocou nenhum mal-estar para o órgão.

O baixo índice na Copa do Mundo e em demais campeonatos esportivos pode ser associado ao fato de que o país nórdico não tem uma tradição tão forte no futebol como o Brasil, por exemplo.

Entretanto, os próprios autores admitem que o estudo tem limitações por ser observacional. Fora que, na Suécia, o Natal e o Réveillon são comemorados no inverno, estação na qual a incidência de problemas cardíacos cresce naturalmente.

Diante disso, o recado que fica é: mesmo que as festas de fim de ano sejam um momento de celebração, vale ter um mínimo de comedimento, ainda mais se você fizer parte do grupo de risco. Afinal, ninguém quer trocar a confraternização e os presentes por uma ida ao médico.


Incidência de infartos aumenta no Natal publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br

Friday, December 21, 2018

Entrevista: esperança renovada contra a esclerose lateral amiotrófica

A esclerose lateral amiotrófica, ou simplesmente ELA, não passava de uma ilustre desconhecida para a maior parte da população há alguns anos. Afinal, é uma doença rara, que atinge cerca de 12 mil pessoas no Brasil. Mas dois fatos recentes mudaram essa história: o desafio do balde de gelo, que incentivava as pessoas a gravarem um vídeo tomando um banho gelado e doar uma quantia para pesquisas científicas na área, e o filme sobre a vida do físico Stephen Hawking (1942-2018), um dos mais famosos portadores da condição no mundo.

Marcada por uma disfunção nos neurônios motores e lesões na medula espinhal que desembocam em perda de força, atrofia muscular, dores, cãibras, endurecimento de pernas e braços e dificuldades para engolir, falar ou mastigar, a ELA costuma dar as caras após os 50 anos. Infelizmente, a maioria dos pacientes não vive mais de uma década após o diagnóstico.

Para saber mais sobre o assunto, SAÚDE conversou com o neurologista Rickie Patani, pesquisador do Instituto Francis Crick e professor da Universidade College London, na Inglaterra. O cientista acaba de ser homenageado pelo Instituto Paulo Gontijo, centro brasileiro de referência na pesquisa e no atendimento da ELA. Patani está à frente da descoberta de biomarcadores da doença, um passo fundamental para se pensar em novas terapias no futuro. Confira a conversa na íntegra abaixo:

SAÚDE: Qual é o maior desafio no diagnóstico e no tratamento da esclerose lateral amiotrófica?

Rickie Patani: embora detectar a ELA em seus estágios iniciais seja bastante desafiador, uma vez que outras doenças têm sintomas bem parecidos, acredito que essa etapa seja relativamente fácil para um neurologista bem treinado e experiente. O diagnóstico é feito no próprio consultório, por meio da análise dos sintomas e das queixas do paciente, com o uso de exames de suporte.

Acredito que o maior desafio seja mesmo a falta de terapias 100% efetivas. A razão dessa ausência de opções está no fato de que ainda não conhecemos com precisão os mecanismos moleculares e celulares por trás da doença.

Como o conhecimento sobre a ELA evoluiu nos últimos anos?

Acredito que tivemos avanços em três áreas principais nos últimos 15 anos. Primeiro, a descoberta de proteínas-chave, que são os blocos de construção da célula. Observamos que elas estão desordenadas e não seguem o esperado dentro da célula.

Em segundo lugar, vimos que uma célula do cérebro com formato de estrela, conhecida como astrócito, tem um papel importante para a morte dos neurônios motores no processo de degeneração da ELA.

Terceiro, foi comprovado que há mais de 20 genes relacionados diretamente com a enfermidade. Essas descobertas foram cruciais para entender um pouco melhor todo o quadro.

Quais aspectos da ELA continuam cercados de mistérios?

A sequência de eventos que causam disfunção nos neurônios motores — das anormalidades iniciais à degeneração — não são compreendidos totalmente. Além disso, não temos certeza da contribuição de outros tipos de células nesse processo. Também precisamos esclarecer qual é o papel preciso do envelhecimento, que é de longe o maior fator de risco para o desenvolvimento da ELA. 

Como o senhor vem abordando essas questões em suas pesquisas?

Em nosso laboratório, nós utilizamos células da pele dos próprios pacientes. Elas são convertidas em células-tronco e, num segundo processo, transformadas em neurônios motores. A partir disso, descobrimos problemas no código genético que levam ao desenvolvimento da ELA.

Nosso trabalho quer delinear esses mecanismos e a perda de comunicação no genoma. Temos um contato com uma companhia farmacêutica para tentar selecionar esses erros e agir sobre eles. Isso poderá, no futuro, prevenir a doença logo na sua origem, antes que ela evolua.

Além desse estudo, ainda transformamos aquelas células da pele nos astrócitos. Foi assim que descobrimos que eles contribuem para a morte dos neurônios motores na ELA. Muitos dos próprios astrócitos acabam morrendo e, desse modo, não dão suporte e uma pronta resposta à crise que atinge o sistema nervoso.

Pessoalmente, eu aposto que uma combinação de diferentes terapias baseadas nesses conhecimentos todos é que levará à cura dessa doença tão devastadora.

Como o desafio do balde de gelo, que movimentou a internet, contribuiu para financiar essas pesquisas?

O desafio do balde de gelo foi transformador para a pesquisa sobre o ELA. Desde 2014, mais de 100 milhões de dólares foram arrecadados. Dois terços desse valor serviram para financiar a ciência. Um quinto foi empregado diretamente para os pacientes.

O restante foi utilizado nas campanhas de conscientização para a população geral. O impacto real é difícil de quantificar, mas podemos dizer que esse movimento coletivo global contribuiu diretamente para a descoberta de novos genes que causam a doença, por exemplo. 

Existem novas opções de tratamento em pesquisa que podem virar uma realidade nos próximos anos?

Eu tenho esperança sobre dois caminhos terapêuticos. O primeiro seria utilizar pequenas sequências sintéticas de DNA para consertar as falhas genéticas que dão origem ao problema nos neurônios motores. A segunda estratégia é mirar nos astrócitos, aquelas células com formato de estrela, para fazê-las atuar contra a ELA.

Eu sinto que precisamos aprender com a oncologia, em que múltiplos caminhos e opções de remédios são muitas vezes usados para combater um mesmo tipo de tumor.

Estamos perto de uma cura para a ELA?

Como mencionei acima, nós trabalhamos em conjunto com uma companhia farmacêutica, que está confiante na possibilidade de mirar e eliminar mensagens corrompidas vindas dos genes com defeito. Isso poderia prevenir que proteínas importantes sejam perdidas nesse processo. Estamos todos muito esperançosos e esperamos que essa abordagem ajude sim a modificar a progressão da doença.


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Quem está com dengue não pode tomar quais remédios?

Alguns remédios não devem ser tomados por quem tem suspeita de dengue. Ora, um dos possíveis sintomas da doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti é o sangramento. E essa manifestação se agrava com a ingestão de medicamentos com ácido acetilsalicílico (aspirina, por exemplo) ou anti-inflamatórios não hormonais.

As medicações contraindicadas

Segundo a infectologista Melissa Barreto Falcão, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a dengue em si não tem tratamento específico. “O que se faz é aliviar os sintomas, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso”, complementa.

A orientação para quem foi diagnosticado com a infecção é repousar, ingerir bastante líquido e não tomar medicamentos por conta própria, pois alguns deles podem tornar o quadro ainda mais perigoso.

Comprimidos que contém ácido acetilsalicílico, como a aspirina, são muito usados para, entre outras coisas, controlar dores e febre. Mas eles também são anticoagulantes. Ou seja, como o próprio termo sugere, impedem a coagulação do sangue, um processo do organismo que tampa vazamentos do líquido vermelho.

Ocorre que, como já dissemos, o vírus da dengue pode desencadear sangramentos internos. Isso, em conjunto com um remédio anticoagulante, aumenta a probabilidade de hemorragias perigosas.

Anti-inflamatórios não hormonais – diclofenaco e ibuprofeno, por exemplo – também devem ser evitados. Eles elevam o risco de sangramentos por provocarem irritação no estômago.

Quais remédios quem tem dengue pode tomar?

Para amenizar dor e febre, são receitados fármacos com paracetamol ou dipirona. “Eles são recomendados tanto pelo Ministério da Saúde como pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao perfil de segurança”, aponta Melissa.

Já para tratamento de enjoo e vômito, a infectologista sugere o uso de qualquer antiemético, como metoclopramida e bromoprida, por exemplo.

Mas não se esqueça: quem vai oferecer a melhor opção de acordo com características do indivíduo é o médico. Não deixe de pedir orientação a um especialista antes de consumir qualquer medicamento.


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Thursday, December 20, 2018

Por Dentro da Hemofilia: uma série sobre a doença dos sangramentos

A hemofilia é uma doença rara, que afeta 12 mil pessoas no Brasil. Até por isso, a maioria das pessoas não sabe o que ela é, quais seus principais sintomas e como tratá-la. Uma pena: desde que o diagnóstico seja precoce, os avanços da medicina atuais oferecem uma ótima qualidade de vida aos pacientes.

Para jogar luz sobre o problema, a TV SAÚDE lançou a série Por Dentro da Hemofilia. Dividida em quatro capítulos, ela traz entrevistas com diferentes especialistas sobre essa enfermidade, marcada por uma dificuldade de cicatrização que provoca tanto sangramentos prolongados externos como internos.

Assista aos quatro capítulos abaixo:

Primeiro episódio: o que é a hemofilia

Segundo episódio: sintomas e diagnóstico da hemofilia

Terceiro episódio: o tratamento atual

 

Quarto episódio: cuidados no dia a dia


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12 recomendações dos pediatras na hora de comprar brinquedos

Com o objetivo de prevenir acidentes causados por brinquedos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu uma nota com 12 recomendações para orientar os pais e responsáveis na hora das compras. O alerta é ainda mais importante no Natal, quando a busca por presentes para crianças e adolescentes aumenta.

Segundo o documento da SBP, produtos aparentemente inofensivos podem provocar ferimentos, intoxicações e sufocamentos, com diferentes níveis de gravidades.

Mesmo se passarem pelos testes de qualidade e segurança realizados pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), esses brinquedos ainda causam muitas idas de meninos e meninas aos serviços de emergência. Até porque não raro as lesões estão relacionadas à má utilização dos objetos – o que acontece com frequência quando o novo mimo é inadequado para a idade do pequeno.

Dados do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) apontam que, entre 2006 e 2015, os artigos da linha infantil foram responsáveis por 13% dos relatos recebidos. Destes, 28% eram atrelados a brinquedos.

“Além de escolherem produtos que não apresentam perigos, é importante que os pais ou cuidadores observem se as crianças sabem como usá-los e se estão brincando em locais seguros”, alerta o pediatra Mário Hirschheimer, presidente do Departamento de Segurança da SBP, em comunicado à imprensa.

De acordo com ele, a melhor maneira de garantir a integridade dos pequenos é supervisionar as brincadeiras e até mesmo participar delas, em especial nos primeiros anos de vida.

As 12 regras para comprar brinquedos seguros no Natal

1. Em casa, verifique o tamanho do brinquedo ou de seus componentes e se oferecem risco de engasgo e sufocação para os menores de 3 anos.

2. Os itens não devem ser pequenos nem conter partes destacáveis que possam ser colocadas na boca. Observe o número de peças e siga as instruções de montagem.

3. É necessário que os materiais utilizados na fabricação sejam resistentes, não tóxicos e não inflamáveis. Fique de olho no rótulo.

4. Evite comprar objetos com pontas ou bordas afiadas e pistolas com projéteis, dardos e flechas. Eles podem causar ferimentos de gravidade variável.

5. Por haver possibilidade de estrangulamento, é melhor que os pequenos fiquem longe de brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 centímetros.

6. Crianças de até 5 anos não devem brincar com nada que contenha vidro.

7. Brinquedos elétricos – ligados em tomadas, com elementos de aquecimento ou movidos a pilhas e baterias, por exemplo – são desaconselhados para menores de 8 anos. Eles correm o risco de sofrer queimaduras, danos ao tubo digestivo e sufocamento.

8. Ao presentear com bicicletas, patins, patinetes e skates, alerte sobre regras de segurança. Mostre a importância dos equipamentos de proteção, como capacetes, joelheiras, cotoveleiras, luvas e buzinas.

9. Compre presentes para a garotada com idade correspondente à faixa etária preconizada pelos fabricantes. E não deixe verificar o nome da empresa, o CNPJ e o endereço.

10. Cuidado com a pirataria! Às vezes, etiquetas e rótulos contém marcas falsificadas por contrabandistas. Se tiver dúvidas ou notar a ausência do selo, entre em contato com a ouvidoria do Inmetro pelo telefone 0800-285-1818.

11. As instruções de uso têm que ser claras, objetivas e com ilustrações, mesmo se o produto for importado. Nesse último caso, elas precisam estar escritas em português e conter as marcas do Inmetro e do organismo de certificação.

12. Observe a presença do selo do Inmetro nas caixas. É a garantia de que o brinquedo passou por testes de segurança e qualidade.


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Dicas simples para buscar uma vida mais saudável em 2019

Preparar a lista de resoluções pouco antes do Réveillon é um ritual que ajuda a fazer o inventário do ano que passou e renovar a esperança e busca por conquistas e mudanças positivas no que está se iniciando.

Então, vá em frente, elabore a sua e acredite na importância de cada um dos itens. Só não se esqueça de que, para ter energia para buscar suas metas, vale incluir também atitudes para garantir sua saúde física e mental.

Aproveite aqui as dicas de especialistas e busque mais qualidade de vida e equilíbrio em 2019:

Em busca do sono perfeito

OK, não vai ser bem na festa da virada do ano que você vai se planejar para dormir, mas ir para a cama sempre no mesmo horário faz muita diferença na qualidade do sono, senão o cérebro fica em estado de alerta, dificultando emplacar uma sequência de noites repousantes. Experimente também desligar os aparelhos eletrônicos e evitar bebidas estimulantes uma ou duas horas antes de dormir. “A chamada higiene do sono inclui ainda atividades neutras e relaxantes no dia a dia. Seja fazer meditação, cantar no chuveiro, plantar uma horta ou interagir com alegria com a família e os amigos”, diz Monica Andersen, diretora do Instituto do Sono e professora de biologia do sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Dormir bem traz como consequência uma pele mais bonita, defesas mais aguçadas, peso em ordem e melhor desempenho sexual”, assegura. A saúde cardiovascular também agradece, uma vez que a privação de sono é responsável, por exemplo, pelo aumento na pressão arterial.

Busque o convívio social e os bons relacionamentos

O psiquiatra Alexandre Saadeh, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sugere atitudes simples que têm o poder de transformar o dia e as emoções ao redor. “Ser educado, polido, cumprimentar as pessoas, dar bom dia, boa tarde, pedir licença e desculpas. Além de facilitarem o convívio social, essas ações predispõem as pessoas ao contato humanizado e mais gentil”, afirma. Saadeh sugere, ainda, cuidar da aparência: “Sentir-se atraente e envolvente facilita o contato humano e propicia relacionamentos”.

Busque o melhor da vida

“Tenho uma série de decisões que vão me ajudar a buscar um 2019 mais saudável”, conta Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista e pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. “Apesar de contar com todas elas, já adianto: eu faria exames de saúde frequentes, pois, mesmo com toda a prevenção, podemos ter algumas surpresas silenciosas, daquelas que o corpo não nos avisa – mas que os exames mostram.” Dado o conselho para não pular as consultas de rotina, anote aí, e adapte à sua vida, o plano de Barra Couri por um ano com mais bem-estar: “Eu teria mais momentos para mim mesmo, como leitura, exercícios, cinema. Pensaria muito antes de comer, promovendo uma boa discussão entre meu cérebro e meu estômago a cada refeição. Dormiria mais, beberia uma taça de vinho da Serra Gaúcha com minha esposa em vários dias da semana. Procuraria, enfim, ver o lado positivo e alegre das coisas”.

Em busca de mudanças de hábito

É possível, sim, driblar as dificuldades e se engajar no compromisso de comer melhor e fazer exercícios físicos regularmente. “A principal razão para não transformar os planos em ações é que, na maioria das vezes, a pessoa faz um planejamento de um mundo ideal. Quando parte para a vida real, as coisas dependem de etapas anteriores para que possam acontecer”, frisa Antonio Lancha Jr., profissional de educação física e expert em alimentação. “Um exemplo bem simples: você decide que no ano novo vai passar a comer três frutas por dia. Ótimo, mas precisa organizar quando comprar a fruta, estabelecer o horário em que vai consumir, deixar o alimento preparado para comer – e lembrar-se de fazer isso”, ele instrui. “Da mesma forma acontece quando o sujeito parte do sedentarismo direto para a resolução de correr todo dia. Diante de decisão tão desafiadora, o risco de insucesso é grande e ele pode retroceder na ideia”, analisa. Comece buscando metas exequíveis, vendo se é possível chegar mais tarde ao trabalho ou acordar mais cedo alguns dias por semana. E parta para a ação, deixando em ordem camiseta, tênis, bermuda… “Tudo de forma realizável e sustentável”, sugere Lancha Jr. 

Em busca de boas escolhas

“Do ponto de vista nutricional, existem várias escolhas que permitem uma vida com menor risco de doenças, previnem complicações clínicas, resultam em maior longevidade e, ao mesmo tempo, trazem o prazer, o sabor, o apetite e a qualidade de vida”, reflete o nutrólogo Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Nutrologia e Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, em São Paulo. O médico elenca, então, suas principais dicas: “Seja equilibrado, coma de tudo, sem exageros. Consuma menos proteína de origem animal e mais lácteos. Menos açúcar e mais carboidrato complexo, de massas, cereais e grãos integrais. Doces, refrigerantes e gorduras não são proibidos, mas deveriam ser consumidos apenas ocasionalmente. Comida saudável não é comida sem sabor, ela sempre pode ser incrementada com temperos, combinações de alimentos e experimentação”. Por fim, Fisberg aconselha: “Reserve tempo para as refeições em família, divirta-se comendo, não creia em modismos e busque orientação com gente especializada”.

Busque alimentar o corpo e também a alma

A aproximação do fim de ano potencializa a preocupação em como manter os pilares de um estilo de vida com alimentação equilibrada, atividade física, controle do estresse, felicidade e sono. Para começo de conversa, diz a nutricionista Bianca Naves, de São Paulo, dá para aproveitar sem medo as festividades de fim de ano. “Se você quer obter peso saudável e saúde, os eventos sociais podem, sim, fazer parte da vida sem que haja nenhum prejuízo nos resultados finais”, garante. “Cozinhar é o que diferencia os seres humanos de outros seres vivos. Por isso, aproveitar as festas para preparar receitas de família ajuda a amenizar a ansiedade, contribuindo também para a nutrição do corpo e da alma”, ensina. “Procure comer devagar e saboreie o prato que montou, aproveite o momento e vivencie sem culpa as suas escolhas. Procure se reconectar com os alimentos e buscar equilíbrio e saúde todos os dias, e não só quando o calendário avisa que vai começar um novo ano.”

Busque exercitar-se. E boas companhias

Não é segredo: entre as mudanças possíveis em busca de mais energia, força e bem-estar, a adoção e manutenção de um estilo de vida ativo não ficam fora de nenhuma lista de propósitos. “Não existe atividade ideal. Diferentes combinações geram benefícios semelhantes”, já avisa Tony Meireles, coordenador do programa de pós-graduação em educação física da Universidade Federal de Pernambuco. Por isso, a recomendação é se entregar a um mix de práticas que estimulem os sistemas cardiovascular e muscular, com treinos de força e de potência. “Se elas forem feitas em grupo, em condições de baixo risco de lesão e alto nível de divertimento, é muito, mas muito, melhor. A dica é começar 2019 descobrindo que tipo de prática cabe no seu bolso e que pode ser compartilhado com pessoas legais”, propõe Meireles. E que não seja complexo demais, afinal, diversão faz parte da experiência.

Em busca da ida ao dentista sem sofrimento

Visitas frequentes ao dentista podem salvar muito mais do que apenas os dentes. Afinal, não param de sair estudos mostrando o elo entre a higiene bucal e a saúde como um todo. Então, para se preparar para um ano longe de encrencas no organismo, não dá para menosprezar a importância da escova e do fio dental. “Sem os devidos cuidados, as bactérias tomam conta da boca, e elas não vão apenas causar gengivite e periodontite. O produtos dessas inflamações passeiam pela corrente sanguínea e podem prejudicar o controle de problemas cardíacos e diabetes”, diz Giuseppe Romito, professor de periodontia da Universidade de São Paulo. Se não der para abrir sua agenda de 2019 com uma visita ao dentista, pelo menos reserve um espaço para o checkup bucal assim que for possível. Afinal, a ideia é também sorrir mais ao longo do ano, certo?

Busque os seus propósitos

“Perceber que sua vida tem sentido faz toda diferença para a saúde física e mental”, diz a bióloga Elisa Harumi Kozasa, pesquisadora do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Há estudos comprovando uma maior longevidade entre pessoas que se sentem participativas, seja numa carreira bem-sucedida ou se envolvendo na educação dos filhos ou netos. Outro ponto importante é “apagar os incêndios emocionais”. Kozasa explica: “Por exemplo, se dermos atenção aos sinais que antecedem uma explosão de raiva, poderemos mudá-la para um rumo mais construtivo, escolhendo como reagir e melhorar significativamente nossa qualidade de vida emocional”.

Acalme sua mente e busque o controle do estresse

O ideal é colocar o plano em ação já antes da virada: “Procure minimizar as exigências que esteja se impondo. As expectativas, por um lado, são nossa força motora, mas, por outro, podem causar ansiedade e afetar o bem-estar”, analisa a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil. Para engrenar um bom início de ano e estender a energia física e emocional ao longo dos meses, preste menos atenção naquilo que deixou de cumprir e foque sua mente no aqui e agora, para as coisas que de fato dependam de você. “Práticas meditativas e atividades como ioga são bem-vindas para relaxar e acalmar a mente nos momentos em que as cobranças exageradas desencadeiam o estresse. Com elas, é possível focar no que temos e no que somos, e não no que nos sentimos obrigados a ter. E isso se reflete em empoderamento, autoestima, prazer e felicidade”, orienta a psicóloga.

 


Dicas simples para buscar uma vida mais saudável em 2019 publicado primeiro em: https://saude.abril.com.br