Sunday, September 23, 2018

A quadra de tênis tem a ver com o risco de lesão?

Mais popular no Brasil a partir da década de 1990, graças às conquistas de Gustavo Kuerten nos torneios internacionais, o tênis é um esporte que melhora a capacidade respiratória, a coordenação motora e o equilíbrio. Mas e o medo das lesões?

Se bater a dúvida na hora de escolher em que tipo de quadra praticar, as respostas de mais de 3 500 tenistas a uma sondagem feita na Holanda tranquilizam no que diz respeito ao risco de machucados: um número maior de prejuízos só foi identificado entre aqueles que alternavam os pisos. “Uma das razões é que esses atletas participam de diferentes torneios e acabam praticando mais horas”, analisa a médica do esporte Ana Paula Simões, de São Paulo, que atuou na Olimpíada do Rio em 2016.

Com o piso mudando regularmente, aumenta o estresse do corpo. Aí, se o tenista não desliza no saibro, por exemplo, pode travar o pé e sofrer uma entorse. “O jogador precisa de tempo para se adaptar ao tipo de quadra”, avisa a especialista.

As dores do tenista

As mais comuns são as localizadas no cotovelo, devido à sobrecarga ou erro de pegada na raquete. No ombro, se devem à rotação acima da angulação natural. A lesão no quadril, famosa por ter abreviado a carreira de Gustavo Kuerten, ocorre pela rotação e degeneração da cartilagem. Já as dores musculares costumam ocorrer na panturrilha, causadas por estiramento na hora de rebater a bola.

As particularidades de cada quadra

Saibro: é formada por uma mistura de areia, pedra e argila. Nela, a bola perde velocidade ao quicar e sobe mais. Como o jogador consegue deslizar para frear a inércia do corpo, poupa as articulações.

Grama: oferece pouco atrito e provoca uma trajetória irregular da bola, num jogo de velocidade. O quique mais baixo exige do tenista muita flexão de joelho nos rebates.

Piso duro: a quadra, feita de asfalto emborrachado ou concreto, proporciona batidas rápidas da bola. Por isso, demanda bons reflexos e muito trabalho das pernas.

 


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